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Com aumento no consumo de dados, teles pedem mais agilidade para instalação de antenas

Segundo Marcos Ferrari, presidente-executivo do Sinditelebrasil, a preocupação maior é a conexão dos bairros mais afastados, que serão os mais prejudicados com o sobrecarregamento do sistema

25 mar 2020 - 21h41
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BRASÍLIA - Para ampliar a conectividade em bairros mais afastados, as teles pediram aos prefeitos que criem um sistema para autorizar mais rapidamente o licenciamento de antenas. O pleito foi apresentado às cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis e Manaus pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), que reúne as maiores operadoras do País.

De acordo com as teles, há 4 mil pedidos de instalação de antenas parados, dos quais 1,8 mil na capital paulista. "Estamos pedindo que os municípios criem processos céleres para aprová-los, mantendo o critério técnico de aprovação", afirma o presidente-executivo do Sinditelebrasil, Marcos Ferrari.

A preocupação das teles, segundo ele, é a conexão dos bairros mais afastados, os mais prejudicados em termos de acesso à internet. Em São Paulo, por exemplo, a lei exige que as antenas sejam instaladas a 8 metros da rua e em terrenos de 12 metros de comprimento - o que dificulta a operação em comunidades com aglomerações, como na Zona Sul.

As operadoras argumentam que a lei desses municípios foi feita considerando antenas de tecnologias mais antigas, que exigiam edificações. Para o 4G, a tecnologia permite o uso de miniantenas do tamanho de uma caixa de sapatos, que podem ser instaladas no topo de edifícios e fachadas.

"Nosso apelo é que os prefeitos trabalhem junto às câmaras municipais para adotar legislações mais modernas, ajustadas à lei federal de antenas, de forma a termos menos represamento nas avaliações", diz Ferrari.

A falta de antenas em alguns bairros das capitais não apenas afeta a qualidade do serviço, como muitas vezes impede até mesmo a chegada do sinal. Isso ocorre em bairros mais afastados, que concentram a população de baixa renda, mas também no centro das capitais, segundo as maiores operadoras.

Tráfego

O avanço do novo coronavírus fez com que muitas pessoas passassem a trabalhar e estudar de casa. Por isso, segundo Ferrari, o tráfego residencial ultrapassou o corporativo e mais do que compensou a redução das empresas. Nesse cenário, o aumento de antenas pode ajudar a desafogar o tráfego.

"Normalmente ninguém vê streaming e faz videochamada no trabalho. Mas agora temos reuniões e aulas por videochamadas e também aumento de streaming e de acesso às redes sociais, de forma que o volume de dados residenciais aumentou de forma significativa", disse Ferrari. "Quanto mais antenas, menor pressão numa determinada região."

Estadão
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