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Colheita de soja do país atinge 43,1% da área; alerta ao milho em alguns Estados

28 fev 2020 - 18h43
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A colheita de soja do Brasil na safra 2019/20 atingiu até esta sexta-feira 43,1% da área plantada, avanço de 8,9 pontos em relação à semana anterior, o que deixou o ritmo bem perto da média histórica para o período, informou a consultoria Arc Mercosul.

Colheita de soja em Correntina, Bahia 
01/04/2010
REUTERS/Paulo Whitaker
Colheita de soja em Correntina, Bahia 01/04/2010 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Segundo dados da empresa, a média histórica para esta época é de 44,2%, mas o ritmo atual da colheita está quase 13 pontos abaixo do verificado em igual período do ano passado (56%), quando os trabalhos estavam bem adiantados, favorecendo o tradicional plantio da segunda safra de milho em seguida.

Segundo o diretor da Arc Mercosul, Matheus Pereira, a colheita caminhou bem esta semana, com menos chuvas em várias áreas na comparação com períodos anteriores.

As precipitações abundantes nesta safra, aliás, têm favorecido a obtenção de boas produtividades -- impulsionado o que deve resultar em uma produção recorde da oleaginosa este ano.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que tem um número mais conservador em relação a consultorias privadas, projeta uma produção recorde de 123,25 milhões de toneladas. Outros analistas veem a produção em mais de 125 milhões de toneladas.

"Há relatos de produtividades excelentes, no oeste da Bahia --onde a colheita começou--, Tocantins, leste de Mato Grosso e Goiás", disse Pereira, citando algumas regiões afetadas pelas chuvas no início do mês.

Em alguns Estados, como Mato Grosso, maior produtor brasileiro, a colheita já superou 80% da área. No Paraná, ela se aproximou de 40%, enquanto que no Rio Grande do Sul ela se encontra em fase inicial.

RISCO PARA MILHO

Para Pereira, a "única preocupação de produtores é agora com a janela ideal de plantio de milho", referindo-se à semeadura da chamada "safrinha" em Estados como Goiás, Minas Gerais e Tocantins.

"A janela já se encerrou (nessas áreas), a partir de agora o produtor que optar pela safrinha está tomando algum risco climático", disse ele, explicando que o milho semeado agora fica mais suscetível a estiagens mais à frente.

"Infelizmente... o produtor esperava expandir bastante a área. O preço está incentivando, mas grande parte da expansão será cultivada fora da janela ideal", destacou ele, apontando um cenário diferente para o plantio da segunda safra em 2019, quando a colheita permitiu uma produção recorde de milho no país.

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