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China prepara onda de importação de alumínio com volta do comércio após Covid-19

29 mai 2020 - 18h50
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As importações chinesas de alumínio estão prestes a atingir seus níveis mais altos em uma década, disseram traders e analistas, como uma oportunidade de arbitragem criada pela recuperação da demanda depois que o surto de coronavírus no país tornou mais barato comprar metal de fora.

Barra de alumínio em Dongguan, China 
10/4/2018  REUTERS/Bobby Yip
Barra de alumínio em Dongguan, China 10/4/2018 REUTERS/Bobby Yip
Foto: Reuters

A China, maior produtora mundial do metal, usado na produção de carros a latas, normalmente tem pouca necessidade de importar alumínio primário, feito de alumina e não de sucata.

As importações em todo o ano de 2019 totalizaram pouco mais de 75 mil toneladas, contra uma produção de 35 milhões de toneladas. Neste ano, no entanto, à medida que a demanda no resto do mundo entra em colapso e o consumo de metais na China se recupera de um choque induzido pela pandemia, suas importações de alumínio devem atingir as 100 mil toneladas só em maio.

A questão é que os preços do alumínio em Xangai superam 13 mil iuanes (1.800 dólares) por tonelada e excedem em muito os preços da London Metal Exchange de 1.500 dólares, abrindo uma arbitragem para que compradores chineses procuram o exterior.

"A última vez que vimos algo assim foi em 2009, mas isso foi um estímulo artificial do governo para a indústria, não por forças naturais do mercado", disse Paul Adkins, diretor da consultoria AZ China Ltd.

http://fingfx.thomsonreuters.com/gfx/ce/jbyvrlrgdve/China%20ali%201.png

O recorde mensal da China para importações de alumínio - incluindo metal primário - foi de 440 mil toneladas em abril de 2009.

A China poderá importar 120 mil toneladas ou mais de alumínio primário em maio e o mesmo em junho, se a arbitragem persistir pelo menos em parte devido a estímulos econômicos pós-pandemia, disse Roman Andryushin, chefe de vendas e marketing da gigante russa de alumínio United Company Rusal. Cerca de um terço disso pode ser de origem russa, afirmou.

À medida que o alumínio entra, porém, a alta nos preços de Xangai "pode diminuir", fechando a arbitragem, disse Helen Lau, analista da Argonaut Securities, em nota, sem fornecer um prazo.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447701))

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