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China orienta mídia estatal a manter a calma e não inflamar disputa comercial com os EUA

11 jul 2018 - 10h07
(atualizado às 10h32)
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A China está claramente irritada com os movimentos dos Estados Unidos, mas controlou a cobertura da disputa comercial na mídia, limitando comentários abertos e proibindo ataques ao presidente norte-americano, Donald Trump, disseram várias fontes com conhecimento sobre o assunto.

Bandeiras da China e dos Estados Unidos, em Pequim 27/04/2018 REUTERS/Jason Lee
Bandeiras da China e dos Estados Unidos, em Pequim 27/04/2018 REUTERS/Jason Lee
Foto: Reuters

Pequim emitiu regras excepcionalmente rígidas limitando a cobertura da guerra comercial por causa de preocupações de que a notificação descontrolada poderia desencadear instabilidade ou prejudicar os mercados financeiros já agitados, segundo fontes da mídia estatal chinesa.

"Ao expor e criticar as palavras e ações norte-americanas, tome cuidado para não vinculá-las a Trump e, em vez disso, direcione-as para o governo dos EUA", disse um memorando baseado em um conjunto de diretivas emitidas verbalmente por autoridades do governo e distribuído a repórteres da agência estatal de notícias e visto pela Reuters.

Os meios de comunicação devem ajudar a "estabilizar a economia, o crescimento, o emprego, o comércio exterior, investimento, finanças, o mercado acionário, o mercado de câmbio, o mercado imobiliário e, basicamente, estabilizar o pensamento, o coração e as expectativas", disse o memorando.

Uma pessoa que trabalha em um importante site de notícias chinês disse que as regras divulgadas na semana passada foram "as mais rigorosas até o momento".

O site foi instruído a publicar apenas reportagens sobre o conflito comercial da agência de notícias estatal Xinhua, em vez de publicar as suas. Também foi orientado a manter o tópico fora das principais manchetes e a gerenciar os comentários sobre o assunto, de acordo com a fonte.

O aplicativo de smartphone do site não tinha mais permissão para enviar notificações tensionando o assunto para os usuários, e o site foi proibido de criar páginas especiais sobre a disputa.

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