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China entra na OMC contra tarifas dos EUA sobre US$ 16 bi em produtos chineses

Tarifas sobre as importações americanas da potência asiática já estavam previstas para entrar em vigor; Pequim, em seguida, retaliou com tarifação idêntica sobre bens americanos

23 ago 2018 - 15h42
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A China entrou com uma medida na Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta quinta-feira, 23, contra as tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre US$ 16 bilhões em produtos chineses, de acordo com o Ministério do Comércio chinês.

As tarifas sobre as importações americanas da potência asiática já estavam previstas para entrar em vigor. Pequim, em seguida, retaliou com tarifação idêntica sobre bens americanos do mesmo valor e afirmou que apelaria à OMC para defender seus interesses.

Entenda a crise

O governo americano impôs nesta quinta-feira, 23, um novo pacote de tarifas de 25% sobre US$ 16 bilhões de produtos chineses, escalando a guerra comercial contra Pequim em meio às negociações entre representantes dos dois países em Washington. A China reagiu com a adoção de medida semelhante contra importados americanos.

A medida entrou em vigor à meia-noite de Washington (meio-dia em Pequim). A China respondeu em seguida e impôs tarifas sobre US$ 16 bilhões de produtos americanos, seguindo o histórico de reagir às ações americanas com medidas semelhantes.

O governo chinês afirmou que adotaria "represálias necessárias" contra o que considera uma violação dos Estados Unidos às normas do comércio internacional.

A escalada na guerra comercial ocorre na mesma semana em que autoridades do médio escalão dos governos chinês e americano retomam as conversas para encontrar uma solução para a disputa.

As negociações foram iniciadas em abril, mas terminaram sem acordo. Em junho, os dois países voltaram à mesa, mas novamente não chegaram a um consenso.

Tarifas sobre US$ 200 bilhões

Em julho, os Estados Unidos anunciaram a imposição de tarifas sobre US$ 200 bilhões de produtos chineses e um aumento de 25% nas taxas sobre automóveis importados. O Escritório de Representação do Comércio Exterior americano (USTR, na sigla em inglês), responsável pela aprovação e imposição das medidas, ainda está avaliando a proposta.

Negociadores esperam que tanto a China quanto os Estados Unidos deem fim à guerra comercial até novembro. Nesta semana, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) publicou documentos alertando sobre riscos "transcendentais" para a economia americana se a disputa continuar por muito tempo./AFP, ASSOCIATED PRESS

Estadão
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