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China colocará tarifas extras sobre mais importações de açúcar a partir de agosto

16 jul 2018 - 09h15
(atualizado às 09h27)
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A China irá impôr tarifas extras sobre importações de açúcar fora de cotas, o que será válido para produtos de qualquer origem a partir de 1º de agosto, informou o Ministério do Comércio nesta segunda-feira, apenas um ano após a introdução de duras cobranças sobre grandes produtores incluindo Brasil e Tailândia.

Trabalhador arruma sacas de açúcar em armazém 
04/08/2015
REUTERS/Danish Ismail
Trabalhador arruma sacas de açúcar em armazém 04/08/2015 REUTERS/Danish Ismail
Foto: Reuters

Em maio do ano passado, o governo chinês atingiu grandes exportadores com taxas sobre embarques de açúcar, após anos de pedidos de usinas domésticas. Mas a medida ainda não havia atingido 190 países e regiões produtoras menores, principalmente no Sudeste Asiático e América do Sul, como as Filipinas e El Salvador.

Essa lista de países isentos foi agora cancelada, disse o Ministério do Comércio em comunicado nesta segunda-feira. "As medidas de proteção serão uniformemente aplicadas a todas importações de açúcar fora das cotas", disse a pasta.

A China permite a importação de 1,94 milhão de toneladas de açúcar por ano com uma tarifa de 15 por cento como parte de seu compromisso junto à Organização Mundial do Comércio. Embarques além desse nível, as chamadas importações fora das cotas, têm a cobrança de uma tarifa maior e precisam de permissões adicionais.

Pressionados por um maior superávit global do adoçante e por uma produção doméstica em alta, os preços do açúcar na China caíram neste ano, levando a maior parte dos produtores a operar no vermelho e ameaçando os esforços da China para apoiar milhões de pequenos produtores em regiões pobres como Guangxi e a província vizinha de Yunnan.

Representantes da indústria recentemente pediram ao governo para que "apertasse" a oferta de mercados internacionais, em meio a preocupações de que os grandes estoques globais pudessem aumentar o contrabando para a China.

Ainda assim, o movimento da China veio como uma surpresa para a maior parte dos operadores, que não esperavam uma resposta tão rápida do governo.

"Nós esperávamos que eles fossem agir, mas não tão depressa", disse um operador de açúcar de uma trading internacional com base em Xangai.

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