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Chegada de marcas brasileiras não ameaça, por enquanto, 'reinado' de gigantes coreanas

Para avançar no mercado, companhias brasileiras terão de enfrentar gigantes que dominam o mercado nacional há décadas

19 jun 2021 - 13h03
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No curto prazo, a entrada de novas fabricantes nacionais na produção de TVs não soa como uma ameaça para gigantes coreanas e chinesas que dominam o mercado brasileiro. As multinacionais que atuam no segmento têm porte muito maior comparado às estreantes brasileiras. Além disso, detêm a tecnologia.

Apesar das vantagens, as asiáticas estão em alerta diante dos movimentos dos novos concorrentes. Elas estão cientes de que a chave para manter o espaço conquistado no mercado é continuar investindo pesado em produtos cada vez mais inovadores para manter a fidelidade do brasileiro à marca.

"Enxergamos com naturalidade os recentes movimentos do mercado", afirma o gerente sênior de produto de TV e áudio da Samsung Brasil, Guilherme Campos. Há mais de 30 anos no País com investimentos massivos no mercado local, ele diz que a marca mantém a relação de proximidade com o consumidor e atende o que ele procura. Todos os aparelhos que a companhia produz são smart, mais da metade de tela grande e majoritariamente de melhor resolução de imagem (4K).

A coreana LG, outra titã do mercado, também se apoia na inovação tecnológica para manter a posição vantajosa. Pedro Valery, especialista de produtos de televisores da LG do Brasil, não vê a chegada das novas concorrentes como ameaça a médio prazo. "Acredito que há espaço para novas marcas", diz.

A companhia, segundo ele, prioriza a entrega da melhor tecnologia independente da linha do produto e pretende continuar com essa estratégia. "Fomos pioneiros em incluir a inteligência artificial em TVs", lembra.

Marcas chinesas

João Rezende, chefe de produtos da Semp TCL, segunda maior fabricante de TVs do mundo, diz que essa posição dá vantagem estratégica para a empresa competir globalmente e também no Brasil. O executivo informa que a marca é a terceira maior em vendas no País, com uma fatia de 14% e crescimento de mais de 50% na comparação com 2020.

Para neutralizar a chegada de novas marcas, Rezende argumenta que a estratégia usada é manter a oferta de produtos que tragam "mais tecnologia por polegada". Isso significa incluir recursos disponíveis em produtos premium também em modelos mais simples, como os televisores de 32 polegadas.

Quarto maior participante do mercado de TVs do País, com as marcas AOC e Philips, o grupo chinês TPV também não enxerga a chegada de novos fabricantes como ameaça. Segundo Eduardo Brunoro, diretor geral, as marcas da companhia já são bem conhecidas e reconhecidas no mercado, com produtos com ótimo custo/benefício e tecnologia.

Ele acrescenta que a marca tem grande capilaridade e, por conta do vínculo com os distribuidores, consegue oferecer condições facilitadas de compra para o consumidor. "A soma de todos estes fatores nos coloca em uma posição bastante sólida frente aos novos competidores", afirma o diretor.

Estadão
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