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Cenário externo ajuda e Ibovespa sobe 1,14% em sua 4ª alta consecutiva

3 jul 2018 - 18h33
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Uma melhora do humor dos investidores no mercado internacional aumentou o apetite por risco e permitiu ao Índice Bovespa emplacar nesta terça-feira, 3, seu quarto pregão consecutivo de alta, apesar do desempenho negativo das bolsas de Nova York, que tiveram um pregão de "meio período". O principal índice da Bolsa brasileira chegou a subir 2,30% no início da tarde, mas perdeu fôlego e fechou com ganho de 1,14%, aos 73.667,75 pontos. É a melhor pontuação em quase dois meses - desde 7 de maio (73.851 pontos). Apesar da recuperação, profissionais do mercado ressaltam que o clima ainda é de grande cautela no mercado brasileiro, dadas as indefinições dos cenários interno e externo. A notícia do acordo sobre a questão da imigração fechado pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, sustentou as bolsas da Europa em alta, com reflexos positivos nos mercados emergentes, como o Brasil. Nos Estados Unidos, as tensões comerciais prevaleceram no final do pregão e os investidores locais optaram por manter a cautela ante a proximidade do feriado de independência. Com o petróleo em alta e o apetite por risco mais forte, as ações da Petrobras subiram, com o investidor minimizando o noticiário negativo para a empresa, pelo menos por ora. "Foi um pregão positivo, influenciado pelo cenário externo melhor e a recuperação de alguns papéis e setores. Mas não há uma boa notícia concreta por trás dessa reação, o que significa que a cautela tende a continuar", disse Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença Corretora. "Há grande expectativa em relação ao anúncio de sobretaxação dos produtos da China pelos Estados Unidos e a possível retaliação do país asiático. A Bovespa foi muito bem hoje, diante de todas as incertezas que permanecem no cenário", disse. Todas as blue chips tiveram ganhos no dia, à exceção de Vale ON (-1,64%), que perdeu fôlego ao longo do dia, sensível à questão da tensão comercial entre Estados Unidos e China. Os mercados de ações americanos iniciaram o dia em alta, ainda influenciados por declarações mais amenas feitas na véspera pelo presidente Donald Trump, além do acordo na Alemanha. A cautela pré feriado de independência acabou prevalecendo na última hora de negociação, levando todos os principais índices ao terreno negativo. Os preços do petróleo, por sua vez, subiram com expectativas e especulações antes das divulgações de dados sobre a commodity que serão divulgados nos próximos dias. Com isso, as ações da Petrobras fecharam com altas de 0,36% (ON) e 0,17% (PN), em contraposição ao noticiário negativo para a empresa. Pela manhã, a estatal anunciou a suspensão dos processos competitivos para formação de parcerias de refino, em razão da decisão cautelar do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que questiona dispositivos da Lei das Estatais. A estatal também suspendeu os processos envolvendo desinvestimentos na Araucária Nitrogenados, e a alienação de 90% das ações da subsidiária Transportadora Associada de Gás (TAG).

Estadão
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