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Cemig vê espaço para acordo com governo sobre usinas com contratos expirados

16 ago 2017 - 14h06
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A estatal mineira Cemig vê espaço para negociação de um acordo com governo federal para a solução de um impasse relativo a usinas hidrelétricas que tiveram seus contratos expirados, com vistas a uma saída que traria benefícios fiscais ao governo e rentabilidade à elétrica brasileira.

O governo quer leiloar em setembro as usinas São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande, que somam 2,922 gigawatts em capacidade instalada e representam quase 50 por cento do parque gerador da companhia.

Mas a empresa vem sustentando, inclusive junto à Justiça, que tem direito a renovar concessões.

Em teleconferência nesta quarta-feira, o superintendente de Relações com Investidores da empresa, Antônio Carlos Vélez Braga, explicou que, se houver um acordo, o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá reconhecê-lo e não terá necessidade de julgar o caso.

"Nós entendemos que há espaço para uma negociação", disse Vélez Braga, em resposta ao questionamento na teleconferência, evitando adiantar detalhes sobre o que está sendo negociado.

"O que eu posso reforçar é que é uma negociação que vai ser certamente rentável para a Cemig e boa também para o governo federal, evidentemente, para ajudar a resolver a questão fiscal."

Na véspera, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o leilão das concessões das hidrelétricas da Cemig, com o qual o governo prevê arrecadar 11 bilhões de reais, está mantido.

Ele afirmou ainda que a previsão de arrecadação com os leilões está mantida, a não ser que Cemig possa apresentar proposta mais adequada no sentido de preservar interesses da União.

O lucro líquido da estatal mineira Cemig recuou 31,67 por cento no segundo trimestre deste ano, ante igual período de 2016, conforme balanço de resultados da companhia publicado no fim de semana.

Quanto à dívida líquida, esta caiu 3,21 por cento, para 12,54 bilhões de reais.

VENDA DE ATIVOS

A empresa publicou no fim de julho um plano de arrecadar 770 milhões de dólares com a venda de ativos no biênio 2017 e 2018, incluindo a sua fatia na controlada Light.

No caso da Light, Vélez Braga afirmou que a empresa tem muitos potenciais compradores e que as ofertas não vinculantes devem ser recebidas até o fim de setembro.

O executivo evitou dar expectativas sobre como ocorrerá a venda da Light e explicou que uma decisão final "com certeza" será tomada neste ano.

Já em relação a usina de Santo Antônio, o executivo afirmou que a negociação para venda de fatia já está na fase final.

"Estamos negociando a redação do contrato de compra e venda de ações, nós entendemos que uma data provável de anunciar o signing de Santo Antonio é o fim deste mês", afirmou Vélez Braga.

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