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Cautela volta a dominar cena externa e dólar tem alta contra o real

15 out 2019 - 12h27
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O dólar operava em alta contra o real nesta terça-feira, em meio a outro dia de incertezas no exterior, diante de preocupações sobre a saúde da economia global e sobre as relações comerciais entre Estados Unidos e China.

Notas de dólar dos EUA e de real do Brasil. 22/09/2015.
Notas de dólar dos EUA e de real do Brasil. 22/09/2015.
Foto: Reuters

Às 12:11, o dólar avançava 0,48%, a 4,1482 reais na venda.

Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,51%, a 4,1515 reais.

"A falta de sinalizações concretas sobre o acordo comercial entre EUA e China continua a trazer incerteza. Já estamos vendo esse cenário misto nas negociações há um tempo e o mercado precisa ver um acordo com avanços substanciais para acreditar que as coisas estão andando", afirmou Alessandro Faganello, operador de câmbio da Advanced Corretora.

Nesta terça, a Bloomberg informou citando fontes que a China terá dificuldades para comprar 50 bilhões de dólares em produtos agrícolas norte-americanos anualmente, a menos que os EUA removam as tarifas retaliatórias.

As moedas emergentes pares do real operavam mistas, com o rand sul-africano registrando perdas e o peso mexicano se valorizando contra o dólar.

Os temores sobre a desaceleração do crescimento global também voltaram a afetar os mercados, contribuindo para o cenário de cautela, após dados fracos de inflação da China.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a guerra comercial entre Estados Unidos e China reduzirá o crescimento global de 2019 a seu ritmo mais lento desde a crise financeira de 2008 e 2009, de acordo com seu último relatório Perspectiva Econômica Global.

Paralelamente, o FMI também reduziu a projeção de crescimento para o Brasil em 2020 para 2% e passou a prever ainda inflação no Brasil de 3,8% em 2019 e 3,5% em 2020, ante respectivamente 3,6% e 4,1% na estimativa de abril.

"Essas projeções ajudam a afugentar o ingresso de fluxo de capital estrangeiro para o país, considerando que mais cortes de juros estão por vir, o que ajuda a pressionar a moeda local", afirmou Faganello.

O Banco Central vendeu nesta terça-feira 2 mil contratos de swap cambial reverso, de oferta de até 10.500 contratos, e 100 milhões de dólares em dólar à vista, de oferta de até 525 milhões de dólares. A autoridade monetária colocou ainda 8.500 contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento 2 de dezembro de 2019.

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