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Cautela externa endossa realização de lucros guiada por Vale e Petrobras; Carrefour sobe

23 jan 2020 - 11h29
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O tom negativo prevalecia na bolsa paulista nesta quinta-feira, com o ambiente novamente cauteloso no exterior em razão do novo vírus na China endossando realização de lucros, enquanto Carrefour Brasil figurava entre as poucas altas do Ibovespa, após divulgar fortes vendas no quarto-trimestre.

09/05/2016
REUTERS/Paulo Whitaker
09/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Às 11:19, o Ibovespa caía 0,93%, a 117.291,63 pontos. O volume financeiro somava 3,234 bilhões de reais.

Até a véspera, o Ibovespa acumulava valorização de mais de 2% em janeiro. Apenas na quarta-feira, o índice fechou em alta de 1,17%.

De acordo com a equipe da Guide Investimentos, a preocupação em torno da atualização dos números referentes ao novo vírus que tem assolado a China nos últimos dias voltou a pressionar os mercados, com investidores avaliando com mais cautela as possíveis implicações da doença sobre a economia global.

A China isolou duas cidades que estão no epicentro do surto de um novo coronavírus que matou 17 pessoas e infectou quase 600. A prefeitura de Pequim também cancelou grandes eventos públicos, incluindo duas festividades do Ano Novo Lunar.

Wall Street sinalizava uma abertura em leve queda, com a temporada de resultados também sob os holofotes.

"O mercado (brasileiro) está em processo de realização e devemos continuar alinhado ao exterior", avaliou a equipe da Tullet Prebon Brasil, em nota a clientes.

Na pauta brasileira, o IPCA desacelerou em dezembro para 0,7%, em linha com as expectativas no mercado. Já a arrecadação do governo federal caiu 0,08% em dezembro sobre igual mês de 2018, a 147,501 bilhões de reais, abaixo do previsto.

DESTAQUES

- VALE ON caía 2,3%, contaminada pelo declínio dos preços do minério de ferro na China. BRADESPAR PN, holding que concentra investimentos na Vale, perdia 2,7%.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuavam 1,1% e 1,9%, respectivamente, na esteira do declínio do petróleo no exterior, além da oferta secundária de ações da companhia que deve ser precificada no dia 5 de fevereiro.

- BANCO DO BRASIL subia 2,1%, tendo de pano de fundo reportagem do Valor Econômico de que deve escolher um parceiro para a gestora de fundos da instituição, a BBDTVM, até a junho.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançava 0,5% e BRADESCO PN ganhava 0,2%, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT cedia 0,3% e BTG PACTUAL UNIT perdia 0,5%.

- CARREFOUR BRASIL ON valorizava-se 2,1%, após divulgar alta de 11,4% nas vendas brutas do quarto trimestre ante mesma etapa de 2018, para 16,84 bilhões de reais. Os números excluem vendas de combustíveis.

- AZUL PN caía 2,3%, com aéreas de modo geral pressionada pelas preocupações relacionadas ao vírus na China. GOL PN recuava 0,8%.

- BRASKEM PNA avançava 3,9%, na sexta alta seguida, ampliando os ganhos de janeiro para cerca de 27%, após terminar 2019 com declínio de 35%.

- OI ON, que não está no Ibovespa, disparava 8,2%, tendo de pano de fundo especulações relacionadas à venda de sua participação na angolana Unitel. De acordo com o colunista Lauro Jardim, de O Globo, a Sonangol, empresa petrolífera também de Angola, pagará 1 bilhão de dólares pela fatia de 25% da Oi na Unitel. Procurada pela Reuters, a Oi disse que não comentaria a notícia.

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