PUBLICIDADE

Teste: Renault Logan CVT tem adereços de sedã aventureiro

Mais equipado e agora com câmbio automático do tipo CVT, o Logan ficou mais alto e mais confortável na cidade

30 set 2019 - 16h47
Compartilhar
Exibir comentários
O carro ficou mais alto, por isso recebeu apliques nas caixas de rodas.
O carro ficou mais alto, por isso recebeu apliques nas caixas de rodas.
Foto: Divulgação

O Renault Logan 2020 trouxe duas novidades: uma boa e outra nem tanto. A boa é que o carro aposentou o antiquado câmbio Easy’R (automatizado de embreagem simples), colocando em seu lugar o bom câmbio automático CVT que equipa o Captur. A ruim é que essa transmissão continuamente variável é maior e mais pesada, o que deixou o Logan com um vão livre do solo muito pequeno. A solução da engenharia foi elevar a suspensão do sedã compacto em 40 mm. Porém, a suspensão elevada prejudicou o design lateral. Então a Renault fez de um limão azedo uma boa limonada: introduziu proteção de plástico nas caixas de rodas, além de outros adereços de carros aventureiros, e deu ao Logan um aspecto único no mercado de sedãs.

O Logan CVT também ganhou rodas de 16”, ficando mais imponente. Como o sedã mantém suas boas características (bom espaço interno e grande porta-malas), existe boa chance de conquistar uma parcela do mercado. O avanço no conforto e dirigibilidade com o câmbio CVT é inegável. A caixa CVT X-Tronic tem seis marchas simuladas e faz trocas automáticas a partir de 4.000 rpm, reduzindo a monotonia que esse tipo de câmbio provoca no ronco do motor. Embora ele não tenha borboletas atrás do volante, a alavanca de câmbio é bonita, bem localizada e eficiente, com as marchas aumentando quando ela é movimentada para trás.

O Renault Intense 1.6 CVT é um sedã compacto 3 estrelas, segundo os critérios do Guia do Carro.
O Renault Intense 1.6 CVT é um sedã compacto 3 estrelas, segundo os critérios do Guia do Carro.
Foto: Guia do Carro

O Logan 2020 também recebeu reforços na estrutura. Ele ficou bom de rodar, encarando bem os pisos irregulares. A suspensão está bem ajustada entre conforto e desempenho -- absorve bem as saliências do caminho, mas não deixa o carro mole. O câmbio CVT está presente em três versões com motor 1.6 SCe (de gerenciamento eletrônico). A versão Zen é intermediária na linha, mas de entrada no Logan. Existe também um Logan Zen com câmbio manual de cinco marchas, mas ele não foi elevado (não havia necessidade) e, portanto, não ganhou a proteção de plástico nas caixas de roda, tampouco o aro 16.

Na traseira, o Logan reestilizado manteve as lanternas antigas.
Na traseira, o Logan reestilizado manteve as lanternas antigas.
Foto: Divulgação

Avaliamos o Logan Intense 1.6 CVT, intermediária, que custa R$ 2.500 a mais que a Zen CVT e traz ar-condicionado automático, câmera de ré, faróis de neblina, vidros traseiros elétricos, retrovisores elétricos, piloto automático e rodas de liga leve de 16” diamantadas. A versão topo de linha, Iconic, custa R$ 2.100 a mais e acrescenta bancos de couro, sensor de chuva e sensor de luminosidade. O Logan Intense 1.6 CVT das fotos estreia a nova cor cinza Cassiopée.

Mais bonito, mais confortável, mais conectado e mais seguro (ganhou airbags laterais e duas fixações isofix para cadeirinhas), o Logan mostra que está se tornando um carro maduro. O câmbio CVT melhorou o conforto na condução urbana e combinou bem com seus principais atributos, que é o entre-eixos de 2,635 m e o porta-malas de 510 litros. Visualmente, só a frente e as laterais mudaram, pois a Renault decidiu não mexer na traseira do Logan, que ficou sem as novas lanternas introduzidas no Sandero. Mas, pelo menos, ele ganhou luzes de LED.

No interior, o carro ganhou muito em conectividade e no conforto dos bancos.
No interior, o carro ganhou muito em conectividade e no conforto dos bancos.
Foto: Divulgação

O que é novo

  • O câmbio automático CVT com seis marchas simuladas.
  • Altura elevada do solo para acomodar o novo câmbio.
  • Volante de couro e interior preto.
  • Rodas de liga leve de 16”.
  • Central multimídia com conectividade Android Auto e Apple CarPlay.
  • Airbags laterais e dois isofix no banco traseiro.

O que nós gostamos

  • O único opcional é a cor branca ou metálica.
  • O câmbio CVT faz trocas automáticas e permite mudanças manuais pela alavanca.
  • Baixo nível de ruído em velocidade de cruzeiro.

O que pode melhorar

  • O motor 1.6 evoluiu quando ganhou o gerenciamento eletrônico SCe, mas ainda é pouco econômico.
  • Ajuste de profundidade do volante e borboletas para trocas de marcha deixariam o Logan perfeito.
  • Não deu para entender porque a traseira não ganhou novas lanternas iguais às do Sandero.
Em estradas de piso bom, o rodar é confortável.
Em estradas de piso bom, o rodar é confortável.
Foto: Divulgação

Os números

  • Preço: R$ 68.990
  • Motor: 1.6 flex
  • Potência: 118 cv a 5.500 rpm (e)
  • Torque: 157 Nm a 4.000 rpm (e)
  • Câmbio: 6 marchas CVT
  • Comprimento: 4,350 m
  • Largura: 1,730 m 
  • Altura: 1,570 m  
  • Entre-eixos: 2,635 m 
  • Peso: 1.1401 kg
  • Pneus: 205/55 R16 
  • Porta-malas: 510 litros
  • Tanque: 50 litros
  • 0-100 km/h: 11s2
  • Velocidade  máxima: 177 km/h
  • Consumo cidade: 11,8 km/l (g)* 
  • Consumo estrada: 13,4 km/l (g)* 
  • Emissão de CO2: 106 g/km* 
  • Modelo avaliado: 2020

*Dados da versão automatizada.

Guia do Carro
Compartilhar
Publicidade
Publicidade