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Modelo cadeirante promove carro adaptado no salão de SP

31 out 2012 - 08h18
(atualizado às 08h25)
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Peter Fussy
Direto de São Paulo

Denise Ferreira, 29 anos, é mais uma modelo entre centenas que agregam beleza ao lado dos cerca de 500 modelos expostos no 27º salão do automóvel de São Paulo. No entanto, ela é uma das poucas que têm uma história com automóvel tão modificadora no seu cotidiano. Aos 18 anos, ela sofreu um acidente de carro com o namorado e perdeu os movimentos dos membros inferiores.

Onze anos depois, ela promove um veículo adaptado da Nissan no maior evento da indústria automotiva do Brasil. No entanto, a transformação do seu cotidiano após o acidente não foi tão fácil quanto a modificação de um carro. "Demorei dois anos até sair e me sentir segura. Com o tempo a gente vai se adaptando", explicou.

Para chegar ao pavilhão de exposições no Anhembi, na zona norte da capital paulista, ela dirigiu um Chevrolet Corsa, que custou cerca de R$ 2 mil para ser modificado. Desde 2005, o trabalho como modelo em feiras e eventos, principalmente de sustentabilidade e voltados para deficientes, ajuda a complementar os ganhos com uma loja virtual de acessórios e bijuterias importadas.

"Com a lei de cotas (que exige um mínimo de pessoas com deficiência na folha de empresas), as empresas procuram mais e também valorizam, não apenas para cumprir a lei, mas porque percebem que a pessoa tem capacidade", apontou Denise.

De fato, o trabalho no salão do automóvel não é mais fácil do que para as demais modelos. No segundo dia de evento (aberto apenas para a imprensa e convidados), Denise chegou ao local as 6h30 e tinha expectativa de sair apenas as 22h. O cachê também é igual, entre R$ 200 e R$ 500 por dia.

Denise Ferreira sofreu acidente de carro aos 18 anos
Denise Ferreira sofreu acidente de carro aos 18 anos
Foto: Terra
Fonte: Terra
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