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Corte das molas danifica peças e diminui estabilidade

20 nov 2013 - 07h07
(atualizado às 10h29)
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A forma mais antiga e ainda mais usada de rebaixar os carros é cortando as molas. Além de estar temporariamente proibida, a prática não é recomendada pelas montadoras porque diminui a estabilidade do veículo e danifica outras peças da suspensão.

Todo fabricante reserva grande parte do tempo de criação do automóvel calibrando a suspensão para o conforto dos passageiros. Após diversos cálculos, chega-se a uma medida correta que seja funcional. Ao cortar as molas, o dono do veículo pode coloca-se em risco. Além de perder a garantia (em caso de automóveis novos), joga fora todo o trabalho da montadora.

Portanto, aquele famoso hábito de “cortar dois elos” para baixar o carro pode fazer muita diferença durante uma manobra ou frenagem de emergência. A suspensão funciona basicamente para absorver as irregularidades do piso, evitando que os passageiros sofram desconforto e mantendo a estabilidade do carro. Ao retirar uma parte do conjunto, ele não funcionará corretamente, o que pode influenciar no desempenho do veículo.

O carro que tem a suspensão rebaixada sem o devido cuidado exige muito mais perícia na condução por parte do motorista. Apesar de estar mais baixo e passar a sensação de estar “no chão”, o veículo fica muito mais arisco a manobras, provocando situações de risco aos passageiros.

Especialistas afirmam que em velocidades acima dos 60 km/h o carro pode ficar imprevisível, caso a alteração da suspensão seja feita sem critério. Além dos problemas na estabilidade, a prática aumenta o desgaste de outros componentes como coxins, bandejas, amortecedores e até pneus. O conforto, claro, também é prejudicado.

Legalização

Mesmo não sendo recomendado pelas montadoras, o rebaixamento podia ser feito e legalizado. Porém, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) suspendeu por 90 dias o prazo de legalização de qualquer alteração na suspensão. A medida, que entrou em vigor em 30/08/2013, impede a regularização das modificações feitas nas características originais do veículo, que antes eram permitidas. Até dezembro estão canceladas as emissões do Certificado de Segurança Veicular, documentação concedida pelo Inmetro que permite ao Detran incluir no documento do carro as alterações da estrutura.

A justificativa do departamento é de que a proibição faz parte de uma medida cautelar que “possibilitará estudos mais acurados a respeito do tema”. Caso seja flagrado andando com a suspensão adulterada e sem autorização do Detran, o motorista pode ser multado. Essa irregularidade é uma infração gravíssima e resulta em sete pontos na carteira, além de multa no valor de R$ 191,54. O veículo é apreendido e vai para depósito, podendo ser retirado somente após a realização de uma série de avaliações.

Fonte: Canarinho Press
Fonte: Terra
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