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Em nome da aerodinâmica, câmera vai substituir retrovisor externo

Para reduzir o arrasto aerodinâmico e reduzir o consumo, tecnologias como câmera no lugar do retrovisor, defletores de ar e grade ativa serão cada vez mais utilizadas

13 jun 2018 - 07h04
(atualizado em 22/6/2018 às 16h08)
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Reduzir cada vez mais o consumo de combustível e, por tabela, o nível de emissões de poluentes, é uma das prioridades das montadoras. Além de investir em motores mais eficientes e materiais leves na construção dos veículos, as fabricantes apostam no aprimoramento da aerodinâmica da carroceria - até os espelhos retrovisores interferem nesse resultado. Com o e-tron, a Audi deu um passo importante para eliminar esse "apêndice". Sua versão final deverá ser o primeiro carro feito em série equipado, opcionalmente, com câmera no lugar do retrovisor. A previsão é de que o elétrico chegue às lojas da Europa neste ano. Com câmeras em vez de espelhos, a largura do veículo diminuiu 15 cm. Isso contribui para reduzir o arrasto e aumentar a autonomia das baterias, segundo informações da Audi. Grade de radiador ativa é outro recurso que vem se "popularizando". Com o sistema, as aletas abrem em baixas velocidades para melhorar a refrigeração do motor e fecham quando a velocidade aumenta para privilegiar a aerodinâmica. A tecnologia está em carros sofisticados, como o Jaguar I-Pace. Mas pode vir em modelos como o Chevrolet Spin. A Porsche adotou essa solução na grade inferior do 911 e equipou o novo Cayenne com um defletor móvel na tampa de trás. A asa fica rente à carroceria a até 160 km/h, para privilegiar a aerodinâmica. A avaliação do modelo está aqui Acima dessa velocidade, a peça sobe 6 graus, para aumentar a pressão contra o solo e melhorar a estabilidade. No modo de condução mais esportivo (Sport Plus), a lâmina sobe para 12,6°. Quando o freio é pressionado com força entre 170 e 270 km/h, a inclinação chega a 28,2º. Nesse caso, a função é auxiliar a frenagem. Além das mudanças visíveis, vários carros têm soluções invisíveis, como assoalho plano, com fechamentos nas áreas do motor e tanque, entre outras. Com menos reentrâncias na parte inferior da carroceria, o ar flui melhor sob o veículo. Esse sempre foi um dos trunfos dos esportivos da Ferrari. Por isso, são raros os modelos feitos pela marca italiana que precisam de aerofólio para melhorar a aerodinâmica.

Banguela eletrônica

Para garantir bom desempenho sem elevar o consumo, o Porsche 911 tem um sistema que desacopla a embreagem em descidas. Nessa espécie de "banguela", o motor "cai" para a marcha lenta, o gasto de combustível diminui e a agilidade é mantida, já que não se emprega o efeito freio motor.

Estadão
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