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Chefe da Audi vira réu no 'Dieselgate'

CEO da Audi, Rupert Stadler se tornou réu no caso de fraude cometida pelo Grupo Volkswagen

12 jun 2018 - 07h04
(atualizado em 22/6/2018 às 16h08)
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O "dieselgate" continua dando desdobramentos no Grupo Volkswagen. Agora, o CEO da Audi, Rupert Stadler, foi declarado réu no caso fraude a testes de emissões de poluentes (em carros com motores a diesel). A acusação foi feita pela promotoria de Munique, na Alemanha. Stadler é o executivo de maior poder ainda trabalhando no Grupo Volkswagen que foi acusado no processo. Na manhã desta segunda-feira (11), o apartamento do executivo foi alvo de uma ação promotoria em parceria com a polícia alemã. Além dele, um outro membro do conselho da Audi, Bernd Martens (vice-presidente de compras), passou pela mesma ação. O CEO e o chefe de compras da marca de Ingolstadt são investigados por fraude e falsificação de documentos públicos relativos à venda de carros a diesel na Europa. Martens seria o responsável por uma força tarefa na Audi criada para lidar com o caso em parceria com a VW. Stadler teria sido implicado em todo o caso de fraude dos motores por dois engenheiros que foram investigados e interrogados.

Entenda o dieselgate

Em 2015, a Volkswagen foi acusada de usar um dispositivo que permitia a seus motores a diesel enganar as medições de emissões de poluentes. Assim, em uma condição de teste, os motores passavam a impressão de estarem dentro da lei. Porém, em condições reais de uso, eles emitiam até 40 vezes mais particulas poluentes no ar. Modelos da Volkswagen, Audi, Porsche, Seat, Skoda e VW Comercial estavam envolvidos. Esses carros eram equipados com motores quatro-cilindros e V6 turbodiesel. No Brasil, o único carro envolvido foi a picape Amarok. Isso rendeu uma multa do Ibama de R$ 50 milhões por fraude e o pagamento de 1 bilhão aos proprietários das picapes. A Volkswagen está recorrendo. Além disso, a companhia se viu obrigada a fazer um recall das 17.057 unidades envolvidas. Os exemplares foram produzidos entre 3 de dezembro de 2009 e 11 de novembro de 2011.

Estadão
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