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CEO da Audi é preso na Alemanha

Rupert Stadler foi preso para cooperar com investigações do 'dieselgate'; CEO da Audi poderia influenciar testemunhas no caso de fraude

18 jun 2018 - 12h28
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O CEO da Audi, Rupert Stadler, foi preso na Alemanha durante as investigações do "dieselgate". As autoridades alemãs preferiram deter o executivo para evitar que ele pudesse influenciar testemunhas durante as investigações da fraude do Grupo Volkswagen em testes de emissões de poluentes de carros a diesel. Apenas na Audi, 20 funcionários estão na mira da polícia por terem participado do esquema, incluindo o CEO da empresa. Eles podem estar envolvidos na fraude de emissões em 240 mil Audi a diesel vendidos na Europa e Estados Unidos. Os promotores do caso indicam que Stadler poderá ser solto em uma semana se cooperar com as investigações. O executivo faz parte do board de gerência do Grupo Volkswagen desde 2010. + Conheça a página do Jornal do Carro no Facebook A prisão de Stadler ocorreu apenas alguns dias depois de a Alemanha impôr uma multa de 1 bilhão de euros à Volkswagen pela fraude nos motores a diesel.

'Dieselgate'

Milhões de motores a diesel foram equipados com um dispositivo que alterava os parâmetros de funcionamento do motor durante testes de emissões. Isso mudou os resultados e fez os propulsores parecerem mais limpos do que de fato eram. A fraude foi descoberta nos Estados Unidos e causou um escândalo mundial. A companhia perdeu valor e já teve que pagar mais de 30 bilhões de euros em multas, recalls e indenizações.

Dança das cadeiras

O ex-presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn, foi indiciado em maio passado por fraude e conspiração nos Estados Unidos. O processo indica que Winterkorn consentiu sobre o uso do software fraudulento para os carros vendidos nos Estados Unidos. O executivo foi presidente da Volkswagen até 2015, tendo se demitido dias após o escândalo sair a público. Foi substituído por Mattias Mueller, que deixou o cargo em abril de 2018, quando também deixou o cargo e foi substituido por Herbert Diess, atual CEO do grupo.

Estadão
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