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Câmbio alivia curva e juros futuros fecham em queda firme

20 dez 2018 - 17h11
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Os juros futuros fecharam em queda firme e nas mínimas nos vencimentos de médio e longo prazos e praticamente estáveis na ponta curta nesta quinta-feira, 20. O vetor principal para os negócios nesta quinta-feira foi o câmbio, com o dólar mostrando fraqueza generalizada ante as demais moedas. O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) não trouxe novidades para alterar a percepção sobre a trajetória da inflação e da política monetária, apenas endossando a ideia de Selic estável em 6,50% por muitos meses.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou na mínima de 6,580%, de 6,601% na quarta-feira no ajuste, e a do DI para janeiro de 2021 fechou em 7,39%, ante 7,462% na quarta no ajuste. A taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou a 8,63% (mínima), de 8,742% na quarta no ajuste e a do DI para janeiro de 2025 também fechou na mínima, a 9,25%, de 9,372%.

As perdas do dólar ante o real estão amparadas no movimento externo com a ajuda dos dois leilões de linha no valor de US$ 1 bilhão realizados pelo Banco Central. A moeda era negociada em R$ 3,8505 (-0,97%), às 16h30, mas nas mínimas chegou ao patamar dos R$ 3,83. Profissionais da renda fixa relataram ter observado ainda fluxo externo no DI, mas o volume de contratos negociados nesta quarta não foi grande.

"Temos fluxo externo e o real em linha com as demais moedas contra o dólar. As divisas emergentes hoje (quarta) são favorecidas e levam a curva a fechar", disse o economista-chefe da Guide Investimentos, João Mauricio Rosal. Para o diretor de Operações da Mirae Asset, Pablo Stipanicic Spyer, o alívio da ponta longa esteve relacionado ao fato de na quarta-feira o Federal Reserve ter dito que vai subir somente duas vezes o juro ano que vem. "Obviamente, depende dos números da economia, mas acalmou o mercado. Uma das grandes componentes da parte longa da curva de juro brasileira é a taxa de juro de 30 anos americana", lembrou.

Os contratos de curto prazo tiveram oscilação restrita. O teor do RTI veio em linha com o que já havia sinalizado a ata do Copom e, por isso, não teve forças para mexer com os preços. De acordo com o Departamento Econômico do Bradesco, assim como na ata, o BC aponta que o grau de assimetria dos riscos diminuiu desde a última reunião, mas que os riscos altistas para a inflação permanecem relevantes e seguem com maior peso no balanço de riscos. "Avaliamos que a Selic ficará estável ao longo de todo o primeiro semestre de 2019, com altas em ritmo gradual a partir do segundo semestre, alcançando 7,25% no final do próximo ano", preveem.

Estadão
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