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Café/Conab: 3ª estimativa para safra é de 49 milhões de sacas (-20,5% ante 2018)

17 set 2019 - 09h23
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São Paulo, 17 - A safra brasileira de café este ano, cuja colheita está praticamente encerrada, deve atingir 48,99 milhões de sacas de 60 kg beneficiadas, representando queda de 20,5% em comparação com 2018, que foi recorde de 61,66 milhões de sacas. Os números fazem parte do 3º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira, 17.

Em relação ao 2º levantamento da Conab, de maio, quando a produção foi projetada em 50,92 milhões de Sacas, houve queda de 1,93 milhão de sacas, ou menos 3,8%. Conforme os pesquisadores, a bienalidade negativa (principalmente do café arábica) e as más condições climáticas prejudicaram as lavouras.

De acordo com a pesquisa, os cafezais foram afetados pela incidência de altas temperaturas, ao mesmo tempo em que o ciclo vegetativo se ressentiu da falta de chuvas em um período importante do desenvolvimento da cultura, o que fez com as estimativas de rendimento médio fossem ainda menores.

Quanto à área em produção, os números esperados continuam inferiores aos do ano passado, com diminuição de 2,8% e alcance de 1,8 milhão de hectares. O estudo atribui este fato também à bienalidade negativa, já que os produtores aproveitam este período para realizar tratos culturais nas lavouras e, desta forma, reduzem a área em produção.

A safra de café arábica, que representa cerca de 70% do total, está estimada em 34,47 milhões de sacas, uma redução de 27,4% em comparação com a safra de 2018 (47,48 milhões de sacas).

Já a safra de café conilon (robusta) deve alcançar 14,52 milhões de sacas, mas com aumento de 2,5% frente ao mesmo período (14,17 milhões de sacas). "Essa projeção se deve, sobretudo, à expectativa de aumento na produção do Espírito Santo, que aumentou área e apresentou maiores estimativas de produtividades médias", diz a Conab, no boletim.

Em contrapartida, a produção de arábica capixaba, que corresponde a 23% do total, terá quebra de 33,6%, para 3,15 milhões de sacas. Com isso a safra total no Espírito Santo deve ter queda de 2%, de 13,74 milhões de sacas em 2018 para 13,47 milhões de sacas este ano.

Maior produtor de café no País, o Estado de Minas Gerais deve colher uma safra menor este ano de 24,52 milhões de sacas, com redução de 26,5%. "Isso é reflexo da diminuição da área em produção e menor rendimento médio da cultura em todas as áreas produtivas", informa a estatal.

Os demais Estados produtores, da mesma forma, projetam o efeito negativo do fenômeno da bienalidade, com queda de produção em comparação com o alcançado na safra passada, com exceção de Goiás e Mato Grosso que obtiveram crescimento de produção de cerca de 21% e 16%, respectivamente. Na sequência de maior produção de sacas beneficiadas vêm São Paulo (4,37 milhões), Bahia (2,80 milhões), Rondônia (2,10 milhões), Paraná (950 mil), Rio de Janeiro (276 mil), Goiás (236 mil) e Mato Grosso (121 mil).

Estadão
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