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Bullard, do Fed, se diz aberto a corte de juros se inflação permanecer baixa

3 mai 2019 - 13h33
(atualizado às 13h51)
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O Federal Reserve pode precisar reduzir a taxa de juros para aumentar a inflação e recuperar a credibilidade se o ritmo de alta dos preços continuar lento depois do segundo trimestre, disse o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard.

 James Bullard , em entrevista em Nova York 26/2/2015.  REUTERS/Lucas Jackson
James Bullard , em entrevista em Nova York 26/2/2015. REUTERS/Lucas Jackson
Foto: Reuters

Bullard votou junto com outros membros do Fomc na última quarta-feira para deixar o juro estável, movimento que ele disse ser justificado porque o Fed já fez uma "enorme" mudança de política em janeiro, tirando da mesa a expectativa de elevar a taxa neste ano.

"Se passarmos o verão aqui (no Hemisfério Norte) e as expectativas de inflação ainda estiverem muito baixas e a inflação corrente não parecer ganhar tração, acho que o nível de minha preocupação será mais intenso", disse Bullard à Reuters em uma entrevista.

"Estou aberto a um corte de juros para tentar combater isso. Mas seria um corte de taxa não por causa de dados ruins sobre a economia dos EUA, e sim porque queremos ter certeza de que as expectativas de inflação e, eventualmente, a inflação corrente fiquem mais consistentes com nossa meta de 2 por cento", disse Bullard, acrescentando que não veria tal corte como um seguro contra um possível desfecho ruim, como alguns analistas sugeriram.

Em vez disso, ele considera que seria um movimento que criaria credibilidade e ajudaria o Fed a combater futuras crises.

"Se você cortar as taxas durante os períodos de 'boom', você está deixando claro que está tentando obter a inflação em 2 (por cento) ou acima de nossa meta" de 2 por cento. Cortar as taxas em um momento em que o crescimento do emprego é fraco seria "menos bem-sucedido" em construir tal credibilidade, disse ele.

Pela medida preferida do Fed, a inflação chegou recentemente a 1,6 por cento, apesar de a taxa de desemprego ter caído para uma mínima em 50 anos, a 3,6 por cento.

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