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Broadcast Top Picks: com aumento no e-commerce, perspectivas são boas para ações de varejistas

Segundo dados da Ebit - Nielsen, o segmento de comércio eletrônico deve apresentar expansão de 15% em 2019

15 jun 2019 - 05h49
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De olho em um mercado em pleno crescimento, a despeito da fraqueza da economia, as varejistas brasileiras tradicionais estão concentrando esforços para ampliar sua atuação no e-commerce. Um bom exemplo deste cenário, é a recente compra da Netshoes pela Magazine Luiza, operação que foi disputada por semanas com a Centauro, que também tinha interesse no ativo.

Segundo dados da Ebit - Nielsen, o segmento de comércio eletrônico deve apresentar expansão de 15% em 2019 ante o ano anterior, com vendas totais de R$ 61,2 bilhões.

"Acreditamos que estas recentes mudanças no setor só reforçam a atratividade do e-commerce brasileiro, com as varejistas tradicionais ampliando seus investimentos no segmento online para não 'abrir mão' dessa avenida de crescimento, dada a tendência irreversível de maiores compras pela internet", avalia Ricardo Peretti, estrategista de pessoa física da Santander Corretora.

O profissional mantém uma visão construtiva em B2W, que é a companhia mais exposta ao comércio eletrônico no Brasil, enquanto vê a Magazine Luiza como uma referência em termos de integração da sua plataforma online com as lojas físicas, embora o elevado valuation das ações já reflita boa parte destas qualidades.

"Independente da aquisição de algumas varejistas online por empresas maiores, como no caso da Netshoes, ainda vemos o e-commerce brasileiro com baixas barreiras à entrada e elevada desconcentração, o que permite oportunidades de crescimento para todas as companhias listadas atualmente", avalia Peretti.

O analista da Planner Mario Roberto Mariante, por sua vez, considera que neste cenário o Magazine Luiza segue à frente (com uma boa vantagem) em relação as demais empresas no segmento de e-commerce. "A confirmação nesta tarde da negociação da Netshoes com o Magalu aumenta o leque de negócios da empresa brasileira, mas não o suficiente para alterar o mercado", diz.

O analista da Mirae Asset Pedro Galdi observa que o mercado global de comércio passa por uma transição, com as vendas à distância mostrando força em relação às das lojas físicas. Para ele, o movimento ganha força diante das facilidade que envolvem o processo e a maior confiança das pessoas em acessarem sites e aplicativos e operarem com cartão de crédito. "Mas claro que uma evolução representativa do comércio no Brasil, seja física ou digital, depende da recuperação da economia e não se vislumbra uma mudança significativa de cenário no curto prazo", alerta. Para ele, o viés positivo deve ficar para 2020.

Com a economia estagnada e próxima à recessão novamente, e com forte desemprego, as carteiras de crédito dos bancos dedicadas ao varejo não vão crescer tanto, observa o economista-chefe do banco digital Modalmais, Alvaro Bandeira. Para ele, nesse contexto, o comércio eletrônico, principalmente o que não depende tanto do crédito, vai conseguir crescer mais do que o tradicional.

O analista da MyCAP André Ferreira também destaca o cenário de recuperação econômica ainda lento, mas lembra que há um enorme potencial. O profissional ressalta que o índice de confiança do consumidor registrou pontuação de 98,7 no primeiro semestre de 2019, o maior valor desde janeiro de 2014. Sendo assim, existe a percepção de um cenário positivo para o setor com a expectativa da aprovação da reforma da Previdência. "Acreditamos no crescimento mesmo que de forma mais gradual para o segundo semestre, com juros em baixa e inflação controlada, com alto poder de alavancagem proporcionados pelas novas reformas econômicas e incentivos ao consumo dados pelo governo", diz.

Carteiras

A Guide fez duas trocas na carteira com inclusão de Petrobras PN e EcoRodovias ON no lugar de Braskem PNA e Cemig PN, respectivamente. Sobre a estatal, a corretora destaca alguns pontos que sustentam a recomendação como a continuidade da venda de ativos onshore, dos avanços do projeto de desinvestimento das refinarias, além recursos relacionados à cessão onerosa com a União.

"A Petrobras vem reposicionando seu portfólio em ativos de maior rentabilidade, com foco na desalavancagem financeira da estatal. Além disso, a expectativa de maior volume de produção para este ano, viabilizado pelo ramp-up das plataformas recém-instaladas, deverá impulsionar margens e geração de caixa operacional da companhia em 2019", destaca a Guide. Sobre EcoRodovias a corretora chama a atenção para a expectativa de crescimento de tráfego no segundo semestre, diante da recuperação da atividade econômica local, entre outros pontos.

A carteira da Mirae conta agora com quatro novos ativos: Fleury ON, Marfrig ON, MRV ON e SulAmérica Unit. Petrobras PN completa o portfólio da próxima semana. Entre as mudanças na carteira a corretora destaca o perfil defensivo de Fleury e a expectativa de um cenário benéfico para Marfrig diante da intenção de fusão com a BRF.

A carteira da Terra Investimentos tem como novidade a entrada de Fleury ON em substituição à B2W ON. Sobre a empresa de diagnósticos, destaque para movimento técnico recente da ação, que rompeu uma faixa de resistência entre R$ 20,70 e R$ 21,00, o que abre espaço agora para um avanço até R$ 22,60 e R$ 23,20.

A corretora avalia que a companhia oferece soluções integradas que envolvem sistemas de apoio à decisão e serviços de assessoria médica. "Esse modelo contribui para fidelização de profissionais da saúde em um mercado no qual a indicação tem papel preponderante na escolha do laboratório", diz.

ModalMais fez duas mudanças acrescentando Equatorial ON e Lojas Renner ON no portfólio, no lugar de Itaúsa PN e Banco do Brasil ON. A MyCap trocou toda a carteira que passa agora a contar com BRF ON, Klabin Unit, MRV ON, Petrobras PN e Localiza ON.

Estadão
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