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Brasil tem potencial de dobrar arrecadação com loteriais a R$30 bi ao ano, projeta Fazenda

17 dez 2018 - 17h06
(atualizado às 17h15)
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O mercado de loterias no Brasil tem potencial para arrecadar 30 bilhões de reais ao ano, mais que o dobro do registrado em 2017, defenderam o ministério da Fazenda e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), citando a privatização da Lotex como peça importante para o crescimento do setor, apesar da investida ter sido adiada mais de uma vez em meio à ausência de interessados.

  REUTERS/Nacho Doce
REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

Na quarta-feira, dia 19, Fazenda e Cade lançarão um livro sobre o assunto, feito em parceria com Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

"A sanção do novo marco legal e a privatização da loteria instantânea (Lotex), com previsão para acontecer no próximo mês de fevereiro, garantem a estrutura para que o mercado possa, pelo menos, dobrar de tamanho nos próximos anos", disse o secretário de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria da Fazenda, Alexandre Manoel da Silva, em nota sobre o livro. O leilão da Lotex -- braço de loterias instantâneas da Caixa Econômica Federal -- seria realizado no fim de novembro, mas foi postergado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o próximo ano, já sob o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), apesar dos ajustes no edital que tornaram as condições de pagamento mais flexíveis para o vencedor.

Antes disso, o governo já havia tentado, sem sucesso, vender a concessão da Lotex em duas ocasiões. O Ministério da Fazenda chegou a afirmar no ano passado que esperava um lance mínimo equivalente a 1 bilhão de reais pela Lotex. Quando informou que o leilão seria realizado em novembro, a expectativa de arrecadação com a outorga foi ajustada pelo BNDES para pelo menos 642 milhões de reais em três anos, com prazo de concessão de 15 anos.

Nesta segunda-feira, Silva também avaliou que o novo marco legal para o setor, sancionado pelo presidente Michel Temer na semana passada, "permitirá que possamos implantar o modelo concorrencial no Brasil e quebrar um monopólio que existe no país há 55 anos".

De acordo com a Fazenda, a legislação unifica regulações que estavam dispersas, delimita a destinação de recursos e abre espaço para a regulação do modelo concorrencial de exploração de loterias no país.

Em 2017, o mercado de loterias arrecadou quase 14 bilhões de reais, equivalente a 0,21 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), tendo destinado mais de 6 bilhões de reais para o financiamento de políticas públicas.

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