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Brasil sobe 5 posições em ranking global de inovação, mas ainda fica abaixo do nível recorde de 2011

País alcançou o 57º lugar no Índice Global de Inovação da Organização Mundial da Propriedade Intelectual entre 132 países, mas ainda fica abaixo de outros países da América Latina, como México e Chile

20 set 2021 - 20h05
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BRAÍLIA - O Brasil subiu cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) de 2021, em relação a 2020, e alcançou o 57º lugar, de 132 países avaliados. Apesar da melhora, a colocação ainda é 10 posições abaixo do melhor desempenho do País, que, em 2011, ficou em 47ª posição.

O índice foi divulgado nesta segunda-feira pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO, na sigla em inglês), em parceria com entidades locais - no Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Para o presidente da entidade, Robson de Andrade, a colocação brasileira é incompatível com o tamanho da economia do País, a 12ª maior em 2020.

Além disso, um dos fatores que levaram o Brasil a uma melhor colocação é justamente a retração do PIB, que leva a uma falsa percepção de avanço, já que alguns fatores passam a ter, proporcionalmente, uma representação maior no produto menor.

"O crescimento sustentável e a superação da crise agravada pela pandemia de covid-19 passam pela via da inovação. Uma estratégia nacional ambiciosa, que priorize o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação para o fortalecimento da indústria, tornará a economia mais dinâmica, promovendo maior equidade e bem-estar social", afirma Andrade.

Ele ressalta que os investimentos em ciência, tecnologia e inovação são fundamentais para que o país avance e sua indústria seja competitiva no cenário internacional.

Na comparação com os países da América Latina e Caribe, o Brasil ficou em 4º lugar, atrás de Chile, México e Costa Rica. Entre os países dos BRICS, o Brasil é o penúltimo, à frente apenas da África do Sul, que está em 61º lugar. A China é a em melhor posição (12º), seguida por Rússia (45º) e Índia, (46º).

O top 10 do índice é formado, respectivamente, por Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Coreia do Sul, Holanda, Finlândia, Cingapura, Dinamarca e Alemanha.

Indicador

O índice é formado pela média de cinco pilares do subíndice insumos de inovação - instituições, capital humano e pesquisa, infraestrutura, sofisticação de mercado e sofisticação empresarial - e dos dois pilares do subíndice produtos de inovação - produtos de conhecimento e tecnologia, e produtos criativos.

No ranking de insumos de inovação, o Brasil ocupa a 56ª colocação (ante 59ª em 2020) e, no resultados de inovação, 59ª (ante 64º em 2020). O indicador aponta ainda as principais fraquezas brasileiras, entre elas a formação bruta de capital (investimento), dificuldade para abrir uma empresa e para obter crédito.

Estadão
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