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Brasil registra superávit comercial de US$ 5,981 bilhões em maio, sob impacto da greve dos caminhoneiros

1 jun 2018 - 16h43
(atualizado às 16h58)
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O Brasil registrou superávit comercial de 5,981 bilhões de dólares em maio, mês fortemente impactado pela greve dos caminhoneiros, que reduziu os volumes embarcados e desembarcados, divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), nesta sexta-feira.

Em pesquisa da Reuters, a expectativa era de saldo positivo em 7,5 bilhões de dólares no mês passado.

Segundo o diretor de estatísticas e apoio às exportações da Secex, Herlon Brandão, houve queda de 36 por cento nas expotações nas últimas duas semanas de maio (período de paralisação). Enquanto nas importações o impacto foi uma redução de 26 por cento.

Mesmo assim, mantendo a tendência dos meses anteriores, as importações em maio prosseguiram em alta, com aumento de 14,5 por cento em relação a um ano antes, pela média diária, a 13,260 bilhões de dólares.

As exportações também cresceram, 1,9 por cento na mesma base de comparação, a 19,241 bilhões de dólares.

Nos primeiros cinco meses de 2018, o superávit das trocas comerciais soma 26,155 bilhões de dólares, recuo de 9,9 por cento na comparação com igual intervalo de 2017.

Para Brandão, as duas semanas de paralisação dos caminhoneiros não afetarão o saldo comercial esperado para o ano.

Para 2018, o Ministério já havia previsto que a aceleração da atividade iria elevar as importações e reduzir o superávit da balança comercial brasileira ao patamar de 50 bilhões de dólares, ante 67 bilhões de dólares de 2017.

DESTAQUES

Em maio, as importações foram puxadas pela venda de bens de capital, com alta de 29,4 por cento sobre o mesmo mês do ano passado.

Também subiram as importações de combustíveis e librificantes (+23,4 por cento), bens intermediários (+11,6 por cento) e bens de consumo (+10,8 por cento).

Ainda na esteria da retomada econômica, os principais bens de capital importados que ampliaram sua entrada foram máquinas/aparelhos mecânicos, aviões centros de usinagem, entre outros.

Já nas exportações, cresceram os produtos básicos (+18,4 por cento), enquanto caíram as vendas de manufaturados (-17,3 por cento) e semimanufaturados (-9,5 por cento).

Herlon Brandão também destacou que os embarques de soja e celulose tiveram números recordes até agora em 2018. Para a soja, foram embarcadas 12 milhões de toneladas em maio, fazendo com que fosse o recorde histórico para o mês.

A celulose tem recorde de exportação no acumulado do ano, quando já foram embarcadas 6,5 milhões de toneladas. Também é recorde em valor, somando 3,5 bilhões de doláres até maio.

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