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Bradesco eleva lucro ajustado no 2º tri; reduz previsão para crédito e provisões

27 jul 2017 - 08h06
(atualizado às 08h09)
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O Bradesco teve alta do lucro recorrente no segundo trimestre, ao conseguir compensar a queda nas operações de crédito com maior controle sobre as despesas administrativas e as provisões para perdas com calotes.

Logo do Bradesco em agência de Osasco, São Paulo 03/08/2015  REUTERS/Paulo Whitaker
Logo do Bradesco em agência de Osasco, São Paulo 03/08/2015 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O maior banco privado do país anunciou nesta quinta-feira um lucro líquido de 3,911 bilhões de reais no segundo trimestre, queda de 3,9 por cento sobre o trimestre anterior e de 5,4 por cento ante mesma etapa de 2016. Em termos ajustados, o lucro somou 4,7 bilhões de reais, avanço sequencial de 1,2 por cento e de 13 por cento na comparação ano a ano.

O Bradesco também revisou projeções, agora esperando queda na carteira de crédito e menores receitas com tarifas em 2017, mas também previu menos provisões para inadimplência.

O movimento reflete a lenta recuperação econômica do país, que fez o Bradesco registrar contração da carteira de crédito pelo terceiro trimestre seguido. No fim de junho, a carteira de empréstimos do banco totalizava 493,6 bilhões de reais, montante 1,8 por menor do que em março.

Consequentemente, a margem financeira do banco se contraiu em 0,8 por cento sobre o trimestre anterior, a 15,5 bilhões de reais, refletindo também a queda da Selic e o foco do banco em operações de menor risco, mas de menor rentabilidade.

"De maneira geral, os indicadores de atividade seguem

sugerindo uma recuperação bastante gradual e não linear da economia", comentou o Bradesco em seu relatório de resultados.

Em contrapartida, o índice de inadimplência acima de 90 dias caiu a 4,9 por cento, de 5,6 por cento no trimestre anterior, embora ainda acima dos 4,6 por cento de um ano antes. E a despesa com provisão para inadimplência, de 4,97 bilhões de reais, foi 2,2 por cento maior na comparação trimestral, mas teve recuo de 1,1 por cento ano a ano.

O Bradesco auferiu alta sequencial de 0,9 por cento nas receitas com tarifas e serviços, a 7,5 bilhões de reais. Em 12 meses, a alta foi de 13,2 por cento.

Além do impacto sobre o volume e as margens no crédito, o cenário econômico adverso também atingiu o negócio de seguros, que responde por quase um terço do resultado do grupo, com o lucro da divisão caindo 7,6 por cento na base sequencial, afetado em parte por maiores indenizações a segurados. O chamado índice de sinistralidade subiu 2,9 pontos do primeiro para o segundo trimestre, chegando a 76,6 por cento.

Com essa combinação, o Bradesco conseguiu uma rentabilidade atualizada sobre o patrimônio líquido de 18,2 por cento entre abril e junho, ante 18,3 por cento do trimestre anterior e 17,4 por cento da mesma etapa de 2016.

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