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Bovespa tem leve alta com expectativas por reforma da Previdência e balanços

14 nov 2017 - 11h33
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O principal índice da bolsa paulista tinha leve alta nesta terça-feira, diante das expectativas em torno das negociações do governo para avançar a reforma da Previdência e de olho ainda no intenso calendário de balanços corporativos, conforme se aproxima o fim da temporada de divulgações de resultados.

Às 11:26, o Ibovespa subia 0,27 por cento, a 72.667 pontos. O giro financeiro era de 1,29 bilhão de reais.

Na véspera, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, do PSDB, pediu demissão, levando o Palácio do Planalto a confirmar poucas horas depois que vai aproveitar o movimento para iniciar a reforma ministerial, que deverá estar concluída, segundo nota, até meados de dezembro.

"A intenção é fortalecer novamente a base governista oferecendo pastas relevantes para partidos descontentes", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos, em nota a clientes.

Com o movimento, ressurgem as expectativas de que o governo consiga ganhar mais força para emplacar sua reforma da Previdência, em uma versão mais enxuta, embora o calendário apertado para votar a medida este ano ainda gere alguma incerteza.

DESTAQUES

-PETROBRAS PN caía 1,92 por cento e PETROBRAS ON tinha perda de 2,63 por cento, entre as maiores perdas do Ibovespa, após resultado do terceiro trimestre, com lucro líquido de 266 milhões de reais, abaixo da expectativa do mercado, em meio a eventos não recorrentes, como contingências judiciais e adesão a programas de regularização tributária, além de queda nas vendas de combustíveis.

- JBS ON subia 6,13 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, após a empresa de alimentos reportar lucro líquido no terceiro trimestre de 323 milhões de reais, enquanto o Ebitda ajustado somou 4,32 bilhões de reais, alta de 37 por cento na comparação anual. Segundo analistas do BTG Pactual, o forte resultado da JBS mostra como o "senso de urgência" pode ajudar a restaurar valor.

- MARFRIG ON caía 0,73 por cento. No radar estava a divulgação do resultado do terceiro trimestre, que mostrou redução no prejuízo líquido, para 58 milhões de reais. Segundo a equipe do BTG Pactual, o resultado mostra melhora nas métricas operacionais, o que é positivo. No entanto, a manutenção desses resultados e a capacidade da empresa em transformar isso em geração de caixa mais forte e, por fim, reduzir a alavancagem e o custo de capital ainda precisam ser vistas.

- ELETROBRAS ON tinha alta de 0,44 por cento e ELETROBRAS PNB recuava 0,17 por cento, também tendo como pano de fundo o resultado do terceiro trimestre, com queda de 37 por cento no lucro líquido da empresa, para 550 milhões de reais. Os papéis da empresa têm passado por grande volatilidade em meio à expectativa pela privatização.

- VALE ON recuava 0,66 por cento, na contramão dos contratos futuros do minério de ferro na China, que fecharam em alta nesta sessão.

- COPEL PNB caía 1,52 por cento. No radar estava o rebalanceamento da carteira do índice MSCI para o Brasil, que entra em vigor no final do pregão do dia 30 de novembro, e exclui o papel, o que tende a causar uma pressão vendedora.

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