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Bovespa recua pelo 4º dia com exterior negativo e apreensão com política local

8 jun 2018 - 12h22
(atualizado às 13h07)
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O principal índice de ações da B3 dava continuidade à trajetória negativa pelo quarto pregão seguido nesta sexta-feira, com o cenário externo adverso e preocupações com a cena política-eleitoral e o ritmo da economia minando o sentimento dos investidores.

Pessoas passam por gráfico de flutuações do mercado na Bovespa, São Paulo 09/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Pessoas passam por gráfico de flutuações do mercado na Bovespa, São Paulo 09/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Às 12:16, o Ibovespa caía 1,78 por cento, a 72.535 pontos. Das 67 ações que compõem o índice, apenas cerca de 20 operavam em alta.

O volume financeiro no pregão era de 5,1 bilhões de reais.

Nesse patamar, o Ibovespa caminhava para terminar a semana com perda de cerca de 6 por cento.

No exterior, o tom hostil do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com aliados pressionava as bolsas no exterior, além de dado mais fraco sobre a economia da Alemanha. Em Wall Street o índice S&P 500 em baixa de 0,04 por cento, enquanto europeu FTSEurofirst 300 cedia 0,34 por cento

O índice MSCI para ações de mercados emergentes cedia 1,32 por cento, a 1.134 pontos.

O Credit Suisse cortou o preço-alvo do MSCI de mercados emergentes para o fim de dezembro a 1.250 pontos versus 1.300 pontos anteriormente, enquanto reiterou classificação 'underweight' para Brasil no grupo, citando entre os fatores um calendário político intenso e desestabilizador.

Do noticiário político-eleitoral, pesquisa encomendada pela XP Investimentos mostrou o deputado Jair Bolsonaro, pré-candidato do PSL à Presidência, liderando a disputa eleitoral nos cenários sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com até 23 por cento de apoio, enquanto o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) salta de 3 para 11 por cento quando associado diretamente a Lula.

"...um cenário ainda indefinido e sem conclusões positivaS a luz dos mercados financeiros locais", disse o gestor de uma administradora de recursos no Rio de Janeiro.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN cedia 2 por cento e PETROBRAS ON caía 3,5 por cento, em sessão de queda nos preços do petróleo no exterior, com as ações ainda afetadas pelas incertezas sobre a autonomia da petrolífera de controle estatal. O conselho da companhia aprovou a adesão à segunda fase do programa de subvenção do diesel. Na véspera, o UBS cortou a recomentação dos papéis para 'neutra'.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON recuavam 5,7 e 4,77 por cento, respectivamente, ainda afetadas pelo ceticismo dos investidores quanto à capitalização da estatal elétrica, mas também pela percepção de dificuldades na privatizaço de suas distribuidoras no Norte e Nordeste.

- BRF caía 4,9 por cento, tendo no radar decisão da China de impor direito antidumping provisório sobre as importações de carne de frango do Brasil. Analistas Credit Suisse destacaram em nota a clientes que, embora a China não seja o principal mercado da BRF, a companhia poderia ser afetada negativamente, uma vez que o volume inicialmente exportado para a China poderia ser parcialmente direcionado para outros mercados, pressionando as margens para baixo.

- JBS subia 6 por cento. Em nota a clientes, analistas do Itaú BBA disseram que o impacto para JBS é mais limitado do que para BRF e pode até ser positivo no médio prazo. Eles citam que a Seara, unidade de frangos e suínos da JBS, representa menos de 15 por cento do Ebitda consolidado da empresa, enquanto a Pilgrim's, subsidiária avícola norte-americana da JBS, pode se beneficiar se a China retomar as importações de frango dos EUA. No setor de proteínas, MARFRIG subia 5,85 por cento.

- CSN perdia 3,6 por cento, em dia de queda das ações de siderúrgicas, em meio à queda dos futuros do vergalhão de aço na Bolsa de Xangai e conforme o dólar recuava forte ante o real após o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, prometer reforço na atuação no mercado de câmbio nos próximos dias e lembrar os agentes que a autoridade tem outros instrumentos para ampliar a liquidez.

- VALE cedia 4,1 por cento, no segundo pregão de queda, apesar da alta do preço do minério de ferro, acompanhando a queda de outras exportadoras em meio à trégua no fortalecimento da moeda norte-americana ante o real. SUZANO PAPEL E CELULOSE perdia 5,3 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO recuando 1,5 por cento e BRADESCO PN cedendo 2,3 por cento.

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