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Bovespa recua em sessão com balanços, sem tirar política do radar; Cielo cai quase 8%

31 jul 2018 - 12h13
(atualizado às 12h19)
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O tom negativo prevalecia na bolsa paulista nesta terça-feira, último pregão do mês, marcado por nova bateria de resultados, com Cielo liderando a ponta negativa do índice após divulgar queda de quase 18 por cento no lucro do segundo trimestre e Itaú Unibanco recuando mais de 3 por cento após queda no lucro na base trimestral.

Homem olha para painel eletrônico na sede da bolsa paulista 10/09/ 2015. REUTERS/Paulo Whitaker -
Homem olha para painel eletrônico na sede da bolsa paulista 10/09/ 2015. REUTERS/Paulo Whitaker -
Foto: Reuters

Às 12:05, o Ibovespa caía 1,35 por cento, a 79.195,56 pontos. O volume financeiro somava 3,2 bilhões de reais.

"A alta no mês também abre espaço para alguma realização de lucros, particularmente em bancos, que subiram mais de dois dígitos", disse analista Vitor Suzaki, da corretora Lerosa, referindo-se ao ganho de 10,3 por cento acumulado pelo principal índice de ações da B3 em julho até a véspera.

O panorama político-eleitoral também permanece no radar, conforme se aproxima o prazo final das convenções partidárias que definirão os candidatos para a corrida presidencial e seus respectivos vices.

De acordo com o operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez, também repercutia pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo instituto Paraná Pesquisas, que mostrou Jair Bolsonaro (PSL) à frente das intenções de voto, com 23,6 por cento das intenções de voto, seguido por Marina Silva (Rede), com 14,4 por cento.

O levantamento ainda mostrou Ciro Gomes (PDT) com 10,7 por cento e Geraldo Alckmin (PSDB) com 7,8 por cento. Esse quadro não considera a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso depois de condenado em duas instâncias por lavagem de dinheiro e corrupção.

DESTAQUES

- CIELO caía 7,8 por cento, maior baixa do Ibovespa, após a líder no mercado de meios de pagamentos no Brasil divulgar na véspera queda de quase 18 por cento no lucro do segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior, para 817,5 milhões de reais. O Ebitda caiu 10,3 por cento. Analistas da corretora Safra reduziram a recomendação das ações para 'neutra' e analistas do Credit Suisse - que divulgaram relatório como título 'chocantemente fraco' sobre o desempenho da Cielo- cortaram o preço-alvo de 20 para 17 reais.

- ULTRAPAR e Cosan caíam 5,5 e 4,8 por cento, respectivamente, também entre as maiores quedas do Ibovespa, após Polícia Civil do Paraná deflagrar operação para prender gerentes e assessores comerciais das três maiores distribuidoras de combustíveis do país. A polícia paranaense disse que os funcionários da BR, Ipiranga e Raízen são suspeitos de formação de quadrilha para controlar o preço final dos combustíveis nas bombas dos postos de gasolina. A BR Distribuidora, que não está no índice, perdia 3,48 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 3,3 por cento, tendo no radar balanço do segundo trimestre divulgado na noite da véspera, com lucro líquido recorrente de 6,38 bilhões de reais, alta de 3,5 por cento ante igual período de 2017, mas recuo de 0,6 por cento na medição sequencial. O guidance do ano foi mantido e o presidente-executivo do maior banco privado do país disse em teleconferência com analistas que estava confiante sobre atingir as metas de 2018. No mês, até a véspera, as preferenciais do Itaú subiam 16,48 por cento.

- RD perdia 1,17 por cento, com analistas considerando fraco o balanço do segundo trimestre divulgado pela rede de farmácias na noite de segunda-feira, no qual mostrou lucro líquido de 137,7 milhões de reais no período, praticamente estável sobre o resultado do mesmo intervalo de 2017, após um crescimento nas linhas de receita e despesas. Para analistas da corretora Brasil Plural, a RD parece estar passando pela tempestade perfeita.

- EMBRAER caía 1,41 por cento em sessão volátil, marcada pela divulgação de prejuízo líquido atribuído aos acionistas de 467,0 milhões de reais. A equipe da Coinvalores disse que o resultado trouxe algumas boas notícias, como a melhora em relação ao fraco primeiro trimestre, e algumas negativas, como a revisão dos custos do projeto do cargueiro da companhia, mas destacou que o foco está na operação com a Boeing. Nesse sentido, o vice-presidente financeiro da empresa afirmou que a Embraer está "avançando bastante" na elaboração dos contratos definitivos para venda do controle de sua divisão de jatos comerciais para a norte-americana.

- PETROBRAS PN caía 1,5 por cento, na esteira do recuo do petróleo no exterior, com o contrato Brent da commodity a caminho de maior perda mensal em dois anos nesta terça-feira, depois de uma pesquisa da Reuters mostrar que a produção da Opep atingiu a máxima do ano em julho, reacendendo preocupações sobre o excedente de oferta. PETROBRAS ON cedia 1,8 por cento.

- VALE tinha acréscimo de 0,31 por cento, beneficiada pela alta do preço do minério de ferro à vista na China.

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