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Bovespa recua com viés global desfavorável e cautela antes de pesquisa eleitoral

4 set 2018 - 11h16
(atualizado às 11h22)
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A bolsa paulista mostrava fraqueza na manhã desta terça-feira, contaminada pelo tom negativo no mercado externo, particularmente em emergentes, com a África do Sul também no radar ao entrar em recessão técnica, enquanto investidores aguardam pesquisa eleitoral no final do dia.

10/09/ 2015.  REUTERS/Paulo Whitaker
10/09/ 2015. REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Às 11:09, o Ibovespa caía 0,61 por cento, a 75.731,14 pontos. O volume financeiro somava 1,6 bilhão de reais.

Conforme destacou a equipe da Coinvalores, temores em relação à situação dos países emergentes voltaram com tudo com a notícia da África do Sul entrando em recessão técnica após mais um trimestre de queda no Produto Interno Bruto (PIB), segundo nota distribuída a clientes.

"O país africano se junta a Argentina e Turquia como principais focos da crise que ameaça as economias emergentes", afirmou a corretora.

O viés desfavorável no cenário global era ainda endossado pela falta de um acordo comercial entre Estados Unidos e Canadá e a perspectiva de nova elevação de tarifas entre EUA e China.

Wall Street retornou do fim de semana prolongado por feriado na segunda-feira com os seus principais índices acionários em queda, dadas as preocupações com as disputas comerciais envolvendo Washington.

No ambiente doméstico, o foco continua voltado para a disputa eleitoral, com agentes financeiros aguardando pesquisa Ibope sobre a preferência dos eleitores para a Presidência da República, que incluirá tanto cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad em nome do PT.

"Apesar de termos entrado na reta final (com o primeiro turno da eleição em 7 de outubro), está tudo muito em aberto ainda", afirmou o analista de ações da Genial Filipe Villegas. "E a falta de previsibilidade é o grande vetor que vem corroborando essa posição mais conservadora dos investidores."

DESTAQUES

- VALE recuava 2 por cento, acompanhando o movimento de baixa das ações de outras mineradoras no exterior, na esteira do declínio nos preços dos metais.

- BRADESCO PN cedia 0,71 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN tinha variação positiva de 0,36 por cento, com o setor de bancos de modo geral afetado pela maior a aversão a risco, quadro adverso a emergentes e incertezas eleitorais.

- PETROBRAS PN declinava 0,74 cento, abandonando os ganhos da abertura, apesar da alta dos preços do petróleo enquanto as ações da petrolífera de controle estatal sigam suscetíveis às expectativas cautelosas com a corrida presidencial.

- ULTRAPAR recuava 3 por cento, em meio a movimento de realização de lucros após fechar em alta de mais de 3 por cento na segunda-feira com notícia sobre interesse de fundo em fatia do controle do grupo.

- SUZANO subia 3,56 cento, entre as maiores altas do Ibovespa, em meio a novo fortalecimento do dólar ante o real, além das expectativas contínuas sobre a fusão com a FIBRIA.

- BRF valorizava-se 2,6 cento, em nova sessão de recuperação, tendo como pano de fundo a avaliação positiva por analistas de notícias da véspera, notadamente o anúncio do novo vice-presidente de finanças e de números sobre as exportações de frangos e suínos do país em agosto.

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