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Bovespa recua com receios sobre disputa presidencial; Minerva dispara

21 ago 2018 - 11h34
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O Ibovespa mostrava fraqueza na manhã desta terça-feira, pressionado por receios em relação ao cenário eleitoral, embora o tom mais favorável a ativos de risco no exterior e a alta de ações de companhias exportadoras com o dólar encostando em 4 reais atenuassem as perdas

May 18/05/ 2017. REUTERS/Paulo Whitaker -
May 18/05/ 2017. REUTERS/Paulo Whitaker -
Foto: Reuters

Às 11:25, o Ibovespa caía 0,12 por cento, a 76.235,29 pontos. O volume financeiro somava 1,78 bilhão de reais.

"As pesquisas eleitorais reforçaram o quadro de indefinição política que irá marcar as eleições para presidente", afirmou um gestor de uma administradora de recursos no Rio de Janeiro.

Na pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira, no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato do PSL à Presidência da República, deputado Jair Bolsonaro, lidera com 20 por cento.

Na sequência, vêm Marina Silva (Rede), que registrou 12 por cento, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 9 por cento, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 7 por cento, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), com 4 por cento e o senador Alvaro Dias (Podemos), com 3 por cento.

Levantamento CNT/MDA, divulgado também véspera, mostrou quadro mais ou menos parecido.

Para o gestor, que pediu para não ter o nome citado, tal cenário já prevalece há alguns meses, sem mudanças relevantes, enquanto também não alteram de maneira significativa preocupações dos investidores com o cenário pós-eleitoral.

A apreensão do mercado está relacionada particularmente ao fato de que um de seus candidatos preferidos, o tucano Geraldo Alckmin, não mostrar até o momento maior preferência dos eleitores, apesar do apoio político que recebeu.

A equipe da CM Capital Markets chamou a atenção em relatório a clientes para a chance de o cenário mudar com o início da propaganda eleitoral em rádio e televisão, a partir do próximo dia 31, em que Alckim terá o maior tempo, além do esperado desfecho em relação à candidatura de Lula.

No exterior, os ativos de risco eram favorecidos pelo enfraquecimento do dólar frente a outras divisas, após comentários do presidente norte-americano, Donald Trump, no final da segunda-feira, criticando a alta dos juros nos EUA. Trump disse que não estava "animado" com o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, por elevar as taxas de juros e acusou a China e a Europa de manipularem suas respectivas moedas.

Em Wall Street, o índice acionário S&P 500 subia 0,34 por cento. O MSCI de ações de mercados emergente avançava 1,14 por cento.

DESTAQUES

- BRADESCO PN cedia 0,35 por cento, com o setor bancário como um todo enfraquecido por preocupações com o cenário eleitoral incerto no país. BANCO DO BRASIL liderando as perdas entre os bancos do Ibovespa, com declínio de 1,12 por cento.

- PETROBRAS PN subia 0,54 por cento, em sessão volátil, em meio a receios com a corrida presidencial brasileira e com os preços do petróleo em alta no exterior.

- B3 recuava 0,80 por cento, respondendo por forte pressão de baixa no Ibovespa, em nova sessão negativa, após subirem mais de 16 por cento no mês passado.

- VALE subia 0,68 por cento, apesar do recuo dos preços do minério de ferro na China, conforme se beneficia da valorização do dólar ante o real.

- CSN cedia 1,8 por cento, com o setor siderúrgico como um todo em ajuste negativo após fortes ganhos na segunda-feira, tendo no radar queda nos futuros do aço na China.

- GOL PN caía 2,83 por cento, tendo de pano de fundo o avanço do dólar ante o real e a elevação dos preços do petróleo no exterior. A sua controlada SMILES cedia 1,12 por cento.

- SUZANO valorizava-se 1 por cento, na ponta positiva, apoiada na valorização do dólar, que encostava em 4 reais na manhã desta terça-feira. JBS tinha elevação de 5 por cento.

- MINERVA, que não está no Ibovespa, disparava 8,64 por cento, em meio a notícias de possível capitalização e ou oferta pública de aquisição (OPA) de ações por acionistas da empresa com o objetivo de retirá-la da bolsa. Procurada pela Reuters, a empresa disse que não iria comentar as notícias.

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