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Bovespa recua e tem 1ª queda semanal após dois meses

22 set 2017 - 18h07
(atualizado às 18h15)
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Tela mostra índices de mercado na Bolsa de Valores de São Paulo 07/01/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Tela mostra índices de mercado na Bolsa de Valores de São Paulo 07/01/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O principal índice acionário da bolsa paulista B3 fechou no vermelho nesta sexta-feira e registrou a primeira queda semanal após oito altas semanais seguidas, com as perdas da Vale abrindo espaço para um movimento de ajuste após os recordes de alta recentes.

O Ibovespa fechou em leve queda de 0,28%, a 75.389 pontos, acumulando perda de 0,48% na semana. No melhor momento do dia, o índice chegou a subir 0,17% e no pior recuou 0,76%. O giro financeiro somou R$ 7,83 bilhões.

Juros em queda e dados econômicos mais animadores têm ajudado a manter o Ibovespa ao redor das máximas históricas e evitado que o movimento de ajuste seja mais forte.

"A realização é natural e até deveria ser mais forte, mas não está vindo... Não parece ter o vendedor final, é muito mais rotação", disse o gestor de renda variável da Fator Administração de Recursos Obede Rodrigues.

Segundo o gestor, o mercado também tem voltado a considerar alguma chance de aprovação da reforma da Previdência, o que, se confirmado, tem potencial para novo impulso ao mercado.

Nesta sessão, investidores preferiram adotar o tom de cautela enquanto avaliavam os novos desdobramentos da situação geopolítica, após a Coreia do Norte dizer que poderia testar uma bomba de hidrogênio sobre o Oceano Pacífico, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se comprometeu a destruir o país asiático.

Localmente, embora o cenário político não seja considerado por investidores conturbado o suficiente para disparar um movimento forte de realização no mercado acionário, ele também desperta alguma cautela após o Supremo Tribunal Federal encaminhar à Câmara dos Deputados a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, desta vez por obstrução de Justiça e organização criminosa.

"Ruídos políticos já não fazem estrago no Ibovespa, sendo muito mais fator de limitação de alta do que fator de queda. O juro baixo por muito tempo deve ser o cenário base, alimentando realocação de portfólios que podem beneficiar o fluxo para ativos de risco", escreveram mais cedo analistas da corretora Lerosa Investimentos.

Destaques

- VALE ON caiu 1,85%, em linha com o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China, que recuaram nesta sexta-feira. Os papéis caíram nas últimas quatro sessões, acumulando perda de 6,83% no período.

- CSN ON perdeu 5,08%, pior desempenho do Ibovespa, GERDAU PN cedeu 2,08% e USIMINAS PNA teve perda de 1,26%, também na esteira das perdas para os contratos futuros do minério de ferro e do aço na China.

- CCR ON caiu 1,41%, após analistas do Itaú BBA cortarem a recomendação para os papéis da empresa para "market perform".

- RUMO ON subiu 4,33%, liderando a ponta positiva do Ibovespa, diante da perspectiva otimista para a subscrição total da oferta de ações, com potencial de movimentar até R$ 2,629 bilhões. A equipe do BTG Pctual manteve a recomendação de "compra" para as ações da empresa.

- PETROBRAS PN subiu 0,13% e PETROBRAS ON avançou 0,12%, em sessão que fechou com os preços do petróleo no mercado internacional em território positivo.

- CARREFOUR BRASIL ON, que não faz parte do Ibovespa, caiu 3,42%, reagindo à troca de comando aprovada pelo do conselho de administração da empresa, que indicou Noël Prioux para substituir Charles André Pierre Desmartis no cargo de diretor-presidente.

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