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Bovespa recua com aversão a risco no exterior e incerteza eleitoral

30 ago 2018 - 12h19
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O tom negativo prevalecia na bolsa paulista nesta quinta-feira, contaminado pelo ambiente de maior aversão a risco no exterior, enquanto no Brasil permanece o cenário de incerteza eleitoral, que deve manter o mercado volátil.

 7/01/ 2016. REUTERS/Paulo Whitaker
7/01/ 2016. REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Às 12:08, o Ibovespa caía 1,36 por cento, a 77.319,53 pontos. O volume financeiro somava 2,8 bilhões de reais.

No front global, preocupações sobre a disputa comercial entre Estados Unidos e China voltavam a pressionar ativos financeiros, em sessão com nova rodada de depreciação de moedas emergentes, incluindo o real, mas com destaque para a moeda argentina.

O banco central da Argentina elevou a taxa básica de juros do país para 60 por cento, ante 45 por cento, nesta quinta-feira, um dia após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter pedido políticas monetária e fiscal mais duras. O peso argentino despencou nesta quinta-feira 15,6 por cento, para a mínima recorde de 39 por dólar.

"O movimento de contágio (da deterioração dos ativos emergentes para outros mercados) ainda é tímido mas, na minha visão, pode ganhar corpo", avalia um gestor de uma administradora de recursos no Rio de Janeiro.

Ele avalia que o cenário pode piorar se não forem tomadas medidas concretas para frear a deterioração em alguns países ou não houver uma mudança radical de cenário suficiente para fazer o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, reavaliar seu processo de normalização monetária.

No Brasil, Pesquisa DataPoder360 repercutia nas mesas de negociação, embora sem trazer mudanças relevantes no cenário eleitoral, que permanece indefinido.

Investidores também estão atentos a uma possível decisão do Tribunal Superior Eleitoral na sexta-feira sobre a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda eleitoral no rádio e na TV.

DESTAQUES

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON recuavam 4,22 e 3,48 por cento, respectivamente, destacando-se na ponta negativa do índice, após ganhos fortes na véspera e antes do leilão de três distribuidoras de energia da companhia que atuam no Acre, Roraima e Rondônia, previsto para começar às 15h.

- GOL PN cedia 3,12 por cento, conforme o dólar voltou a disparar ante o real, superando 4,19 reais, o que afeta os custos da companhia.

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 1,87 por cento, em sessão negativa para o setor bancário, contaminados pelo mau humor generalizado. BRADESCO PN perdia 1,64 por cento, SANTANDER BRASIL UNIT declinava 2 por cento e BANCO DO BRASIL recuava 1,54 por cento.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíam 1,09 e 1,44 por cento, respectivamente, após ganhos fortes na véspera e apesar da alta dos preços do petróleo, conforme seguem afetados pela volatilidade eleitoral, além da maior aversão a risco na bolsa como um todo.

- CSN subia 1,86 por cento, após anunciar cancelamento os dividendos no valor de 890 milhões de reais, se comprometendo a utilizar os recursos não distribuídos para amortizar obrigações de curto prazo. No setor, GERDAU PN cedia 1,47 por cento e USIMINAS PNA caía 0,36 por cento, revertendo ganhos vistos mais cedo, quando o setor encontrou suporte em decisão dos EUA de aliviar cotas de importação de aço do Brasil.

- VALE tinha elevação de 0,89 por cento, na esteira da alta dos preços do minério de ferro na China, enquanto o dólar mais valorizado também tem efeito benigno na receita da mineradora.

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