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Bovespa oscila perto da estabilidade com política interna pesando e cena externa positiva

3 nov 2017 - 12h08
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O principal índice da bolsa paulista oscilava entre leves baixas e altas nesta sexta-feira, após três quedas seguidas que levaram o Ibovespa abaixo dos 74 mil pontos, com noticiário externo favorecendo o tom positivo, enquanto as preocupações com a cena política local seguiam pressionando os negócios.

Às 11:58, o Ibovespa caía 0,29 por cento, a 73.606 pontos, na mínima do dia, após ter subido 0,58 por cento na máxima. O giro financeiro era de 2,57 bilhões de reais.

No exterior, a visão de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deve seguir um ritmo gradual na alta de juros ganhou força após a confirmação, na véspera, da indicação, de Jerome Powell para assumir a liderança da autoridade monetária, no lugar de Janet Yellen.

Também corroborando essa visão estavam os dados do mercado de trabalho nos EUA, divulgados mais cedo, com criação de 261 mil vagas em outubro, abaixo da expectativa de economistas de criação de 310 mil postos de trabalho.

Por outro lado, a política local seguia pressionando os negócios, conforme receios diante da possibilidade de que uma reforma da Previdência não seja aprovada.

"A política está novamente atrapalhando a economia", disse o gestor da mesa de operações de Bovespa da Coinvalores, Marco Tulli Siqueira, acrescentando que as preocupações com a eleição de 2018 e a possibilidade de as reformas serem adiadas para o próximo ano pensam sobre os negócios.

DESTAQUES

- LOJAS AMERICANAS PN caía 4,39 por cento, após a empresa reportar seus dados referentes ao terceiro trimestre que, embora apresentado lucro líquido de 23 milhões de reais, ante prejuízo de 70,6 milhões de reais um ano antes, trouxe números considerados fracos por analistas. Segundo o Credit Suisse, o lucro ficou 27 por cento abaixo da estimativa do banco. As vendas no conceito mesmas lojas da varejista subiram 2,5 por cento no período, apesar de um recuo de 3 por cento na receita líquida, para 3,84 bilhões de reais.

- VALE ON tinha alta de 1,25 por cento, em sessão também positiva para os contratos futuros do minério de ferro na China, que fecharam no azul pela terceira sessão seguida.

- CIELO ON avançava 3 por cento, engatando o terceiro pregão de altas e entre os maiores ganhos do Ibovespa, ainda ganhando respaldo do resultado acima do esperado no terceiro trimestre, divulgado no início do semana.

- SANTANDER UNIT subia 1,58 por cento, com o melhor desempenho entre os bancos do índice. Segundo operadores, o movimento mais forte tinha como pano de fundo os resultados do terceiro trimestre mostrando que o banco foi o único entre os três privados que fazem parte do Ibovespa a mostrar crescimento no crédito. ITAÚ UNIBANCO PN tinha alta de 0,77 por cento, BRADESCO PN ganhava 0,27 por cento e BANCO DO BRASIL ON recuava 0,56 por cento.

- ELETROBRAS ON caía 5,11 por cento e ELETROBRAS PNB perdia 5,17 por cento, ainda reagindo à informação de que o governo federal deve optar por um projeto de lei para viabilizar a privatização da estatal elétrica, e não uma medida provisória, o que pode atrasar o processo e levar as discussões sobre a proposta mais para perto do período eleitoral.

- PETROBRAS PN recuava 0,71 por cento e PETROBRAS ON tinha baixa de 0,51 por cento, revertendo os ganhos vistos mais cedo e na contramão dos preços do petróleo no mercado internacional, que subiam nesta sessão.

- B2W ON, que não faz parte do Ibovespa, caía 5,75 por cento, apesar de ter mostrado redução de quase 40 por cento no prejuízo líquido do terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para 88 milhões de reais.

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