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Bovespa opera em leve alta acompanhando exterior, mas Petrobras pressiona

22 mai 2018 - 11h32
(atualizado às 11h35)
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O principal índice de ações da B3 em leve alta nesta terça-feira, tendo como pano de fundo um mais cenário favorável a ativos de risco no exterior, enquanto as ações da Petrobras recuavam em meio a receios no mercado sobre uma eventual interferência do governo na política de preços da companhia.

Às 11:24, o Ibovespa subia 0,16 por cento, a 81.943 pontos. O volume financeiro somava 3,5 bilhões de reais.

"Ainda tem muito ruído envolvendo a Petrobras", disse o gestor de uma corretora no Rio de Janeiro. "E o cobertor é curto. Se decidirem não interferir na política de preços da companhia podem optar em alterar tributação e aí piora ainda mais o quadro fiscal, o que também não é bom", afirmou.

No exterior, o dólar mostrava alívio na trajetória de alta e Wall Street tinha uma abertura mais positiva, em meio ao arrefecimento na tensão comercial entre Estados Unidos e China. O S&P 500 tinha acréscimo de 0,1 por cento.

DESTAQUES

- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN subiam 1,35 e 1 por cento, respectivamente, dando suporte ao índice em razão do peso relevante que detêm na composição.

- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN recuavam 1,72 e 1,8 por cento, respectivamente, afastando-se das mínimas registradas mais cedo, após o presidente da companhia, Pedro Parente, afirmar que não discutiu nenhuma mudança na política de preços da companhia em reunião da qual participou nesta terça-feira junto com os ministros da Fazenda e de Minas e Energia. O mercado está receoso sobre eventuais ações do governo envolvendo a companhia, em meio a alta dos preços dos combustíveis no Brasil seguindo o movimento dos preços do petróleo no exterior. Caminhoneiros estão bloqueando várias rodovias no país e o porto de Santos (SP) em protesto que pede redução da carga tributária sobre o diesel. Mais cedo, a Petrobras anunciou que reduzirá preços de diesel e gasolina nas refinarias a partir de quarta-feira.

- VALE tinha queda de 0,9 por cento, em sessão com nova queda nos preços do minério de ferro na China.

- VIA VAREJO subia 2 por cento, em sessão positiva para papéis de consumo e varejo.

- CEMIG PN avançava 2,7 por cento, tendo no radar aprovação da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para elevação média de 23,2 por cento nas tarifas da distribuidora de energia Cemig-D, responsável pelo fornecimento em Minas Gerais.

- MARFRIG subia 0,78 por cento, após a companhia divulgar que seu maior acionista e presidente do conselho de administração, Marcos Molina dos Santos, celebrou com o Ministério Público Federal (MPF) termo de compromisso de reparação de eventuais danos relacionados a operação Cui Bono, da Polícia Federal, que investiga irregularidades na Caixa Econômica Federal. Em comunicado, a companhia de alimentos disse que as atividades empresariais não serão impactadas.

- B3 tinha acréscimo de 1 por cento. O conselho de administração da operadora de bolsa aprovou na véspera a indicação de Antonio Carlos Quintella como novo presidente do colegiado. Ele substituirá Pedro Parente, que renunciou ao posto após ter aceitado convite para presidir o conselho de administração da BRF.

-ELETROBRAS ON subia 0,45 por cento e ELETROBRAS PNB tinha variação positiva de 0,1 por cento, após recuarem mais cedo em meio a noticiário desfavorável sobre a privatização da companhia. O governo retirou a previsão de receitas de 12,2 bilhões de reais com a privatização da estatal. Antes esses recursos haviam sido separados em reserva de contingência.

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