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Bovespa mostra fraqueza com panorama eleitoral em foco em dia de vencimento de opções

20 ago 2018 - 12h28
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A bolsa paulista mostrava fraqueza na primeira etapa desta segunda-feira, marcada pelo vencimento de opções sobre ações, com o foco voltado à disputa presidencial, enquanto o avanço das ações da Vale na esteira da alta do minério de ferro reduzia a pressão negativa no Ibovespa.

7/01/ 2016. REUTERS/Paulo Whitaker
7/01/ 2016. REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Às 12:19, o principal índice de ações da B3 caía 0,21 por cento, a 75.866,17 pontos. O volume financeiro somava 8,6 bilhões de reais.

Do cenário doméstico, a equipe da corretora Spinelli destacou em relatório distribuído a clientes que a bolsa segue sensível ao início da corrida eleitoral.

Pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta manhã, mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderando as intenções de votos na pesquisa estimulada, com 37,3 por cento, seguido por Jair Bolsonaro (PSL), com 18,8 por cento; Marina Silva (Rede), com 5,6 por cento; Geraldo Alckmin (PSDB) com 4,9 por cento; e Ciro Gomes (PDT), com 4,1 por cento.

O Ibovespa tocou a mínima da sessão logo após a divulgação do levantamento, a 75.607 pontos, em queda de 0,55 por cento, mas reduziu a perda. De acordo com profissionais da área de renda variável, não agradam o fato de o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, seguir patinando, bem como o elevado patamar votos brancos e nulos.

"Alckmin não ganha em nenhum dos cenários de segundo turno da pesquisa", afirmou um desses operadores, ponderando que essa visão desconsidera a margem de erro. "Dizer que é um cenário 'apenas ruim' é quase ser otimista", afirmou.

Investidores também estão na expectativa de pesquisas Ibope e Datafolha previstas para a semana, as primeiras desses institutos após os registros das chapas que disputarão as eleições em outubro.

Análise técnica da Bradesco Corretora afirmou que o Ibovespa ensaiou a perda do piso do canal de alta de curto prazo, que passava nos 76.500 pontos, e na confirmação deste movimento poderia ganhar força vendedora até o suporte em 74.300 pontos.

"Do lado de uma reação, o índice encontraria uma primeira resistência nos 78.700 e na superação desta espaço para buscar o teto do canal que projeta na região entre 81.700 (topo recente) e 82.800 pontos", afirmou o analista Maurício Camargo em nota distribuída a clientes.

DESTAQUES

- VALE subia 1,28 por cento, na esteira da alta dos preços do minério de ferro na China.

- CSN avançava 0,89 por cento em sessão positiva para o setor siderúrgico, em meio a alta de preços na China. A companhia também anunciou na sexta-feira que vai pagar um dividendo extraordinário de 890 milhões de reais, a partir de 29 de agosto. A equipe da XP Investimentos, contudo, teve leitura negativa dado o endividamento ainda elevado e foco da estratégia voltado para venda de ativos e queda na alavancagem. USIMINAS PNA subia 2,52 por cento e GERDAU PN tinha elevação de 1,09 por cento.

- PETROBRAS PN caía 1,57 por cento, em sessão sem viés único dos contratos de petróleo no exterior, com incêndio de grandes proporções atingindo a refinaria da companhia em Paulínia (SP) na madrugada desta segunda-feira e paralisando a produção. A empresa também anunciou oferta de troca de títulos privados por registrados.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha acréscimo de 0,5 por cento e BRADESCO PN recuava 0,42 por cento.

- B3 recuava 1,33 por cento, respondendo por forte pressão de baixa no Ibovespa, após ter tocado mais cedo a mínima intradia desde 10 de julho, a 22,13 reais. Desde a cotação máxima de fechamento para o mês registrada em 3 de agosto, as ações da operadora da bolsa paulista acumulam queda de mais de 10 por cento até a sexta-feira. Em julho, os papéis subiram mais de 16 por cento.

- MARFRIG caía 0,96 por cento, após a companhia confirmar a venda da sua unidade Keystone Foods para a norte-americana Tyson Foods por 2,4 bilhões de dólares em um movimento para reduzir sua alavancagem financeira e se concentrar nas operações de carne bovina. As ações tinham caído mais de 9 por cento na sexta-feira.

- ELETROBRAS PNB recuava 2,61 por cento e CEMIG PN perdia 2,44 por cento, entre as maiores quedas, com o setor elétrico como um todo mais fraco nesta sessão.

- TIM avançava 1,73 por cento, ajudada por relatório do Credit Suisse afirmando que a ação está atrativa não apenas em relação a seus pares, mas também em termos absolutos e elevando a recomendação para 'ouperform', com o preço-alvo passando para 16 reais ante 15 reais.

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