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Bovespa firma-se em alta após dados dos EUA; petróleo ajuda

7 dez 2018 - 13h01
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A bolsa paulista firmou-se em alta nesta sexta-feira e o Ibovespa buscava se aproximar dos 90 mil pontos, após a divulgação de dados do mercado de trabalho dos EUA corroborando expectativas de que o Federal Reserve adote um tom mais moderado no ritmo de alta dos juros norte-americanos.

Trader trabalha no pregão da Bolsa de Nova York 4/12/2018.  REUTERS/Brendan McDermid
Trader trabalha no pregão da Bolsa de Nova York 4/12/2018. REUTERS/Brendan McDermid
Foto: Reuters

Às 12:49, o Ibovespa subia 1,18 por cento, a 89.890,75 pontos, próxima da máxima do dia de 89.934 pontos, após mostrar certa fraqueza nos primeiros negócios, quando caiu 0,6 por cento. O giro financeiro somava 4,5 bilhões de reais.

O Departamento do Trabalho dos EUA disse que foram criados 155 mil vagas em novembro, ante previsão de 200 mil postos, enquanto a taxa de desemprego ficou em 3,7 por cento. A renda média por hora de todos os trabalhadores subiu 0,2 por cento, também abaixo do esperado (+0,3 por cento).

No Twitter, Mohamed A. El-Erian, consultor econômico chefe na Allianz, citou que o relatório de emprego dificilmente adiará uma nova alta no juro norte-americano neste mês, mas deve ser outro fator solicitando uma revisão para baixo no ritmo de aumentos à frente, nos chamados 'blue dots'.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do banco central norte-americano realiza a última reunião de política monetária do ano em 18 e 19 de dezembro.

"Para os mercados emergentes (Brasil incluído), política monetária menos restritiva é uma força construtiva", citou a equipe da Verde Asset Management, liderada Luiz Stuhlberger, conforme relatório de gestão enviado a clientes.

Porém, a equipe cita na nota que a desaceleração no crescimento global atrapalha, mas que se trata de uma questão em aberto qual dessas variáveis vai dominar.

A melhora no pregão brasileiro também encontrou suporte na aceleração dos ganhos do petróleo no exterior, em meio a notícias sobre um acordo entre os produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para cortar a produção.

Também oferecia algum alívio comentário do presidente dos EUA, Donald Trump, no Twitter, de que as conversas com a China estão indo muito bem, após a prisão de uma importante executiva da chinesa Huawei gerar preocupações nos mercados sobre o efeito nas relações entre Washington e Pequim.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN subia 2,4 por cento, conforme os preços do petróleo avançavam fortemente, com o Brent valorizando-se mais de 4 por cento. PETROBRAS ON subia 2,3 por cento. A companhia divulgou mais cedo que a decisão da empresa de vender 34 campos de petróleo terrestres no Rio Grande do Norte foi suspensa por uma liminar judicial.

- ITAÚ UNIBANCO PN subia 1 por cento e BRADESCO PN avançava 0,76 por cento revertendo a fraqueza inicial dos papéis de bancos listados no Ibovespa, com SANTANDER BRASIL UNIT em alta de 1,99 por cento e BANCO DO BRASIL valorizando-se 0,2 por cento.

- VALE subia 1,38 por cento, ampliando os ganhos, em sessão de alta de papéis de mineradoras na Europa. De pano de fundo, os futuros de minério de ferro na Bolsa de Dalian subiram 0,7 por cento, para 475 iuanes por tonelada. Papéis de siderúrgicas também avançavam, com USIMINAS PNA em alta de 1,8 por cento.

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB avançavam 4,7 e 3 por cento, respectivamente, tendo de pano de fundo reportagens na mídia sobre interesse na distribuidora da companhia no Amazonas, bem como uma eventual privatização da elétrica de controle estatal.

- MARFRIG recuava 0,32 por cento, reduzindo as perdas, após anunciar aquisição da argentina QuickFood da BRF por 60 milhões de dólares, além de terreno da mesma companhia no Brasil por 100 milhões de reais, em acordo que prevê ainda fornecimento de produtos processados. BRF recuava 0,39 por cento.

- SUZANO perdia 1,8 por cento, assim como a rival KLABIN UNIT, em baixa de 0,86 por cento.

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