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Bovespa engata quinta sessão de alta; MRV é destaque positivo

14 jul 2017 - 12h33
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O principal índice da bolsa paulista operava no azul nesta sexta-feira, engatando o quinto pregão seguido de alta, em sessão que tinha os papéis da MRV entre as maiores altas após a empresa informar seu resultado operacional, enquanto investidores seguem atentos a desdobramentos em Brasília.

Às 12:29, o Ibovespa subia 0,36 por cento, a 65.414 pontos. O giro financeiro era de 2,28 bilhão de reais.

Operadores não descartam a possibilidade de algum movimento de ajuste ao longo da sessão ou nos próximos dias, após o Ibovespa subir nos quatro pregões anteriores e atingir o melhor patamar desde o início da crise política, em meados de maio.

O desempenho positivo ao longo desta semana veio na esteira de uma série de notícias no front político, com destaque para a aprovação da reforma trabalhista e a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O cenário externo mais favorável a ativos de risco também contribuiu para as recentes altas.

No cenário político, o plenário da Câmara dos Deputados deixou para 2 de agosto a votação da autorização para que o presidente Michel Temer possa ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva. Na quinta-feira, o Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou o parecer do deputado Serio Zveiter (PMDB-RJ) que recomendava a autorização, e depois aprovou um outro parecer contrário à denúncia de Temer.

"Com isso, o governo ganha tempo para seduzir parlamentares, mas também corre o risco de delações e de nova denúncia. De qualquer forma, o recesso parlamentar tenta suavizar a crise política que segue grave", escreveu o economista-chefe da corretora Modalmais, Alvaro Bandeira.

DESTAQUES

- MRV ON subia 3,06 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa, após a construtora de imóveis econômicos informar alta de 11,9 por cento nas vendas líquidas contratadas no segundo trimestre ante igual período do ano passado, enquanto os lançamentos subiram 18,6 por cento no período, a 1,33 bilhão de reais. Segundo analistas do Credit Suisse, os números do período foram positivos e indicam que a empresa caminha para alcançar ou até superar a estimativa do banco para os lançamentos.

- CEMIG PN avançava 2,61 por cento. No radar estava o acordo fechado pela empresa para transferência de participações societárias detidas nas Transmineiras para a TAESA cujas units, não compõem o Ibovespa, recuavam 1,42 por cento.

- PETROBRAS PN ganhava 0,78 por cento e PETROBRAS ON tinha valorização de 0,07 por cento, em linha com a alta nos preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE PNA subia 1,02 por cento e VALE ON avançava 1,2 por cento, recuperando as perdas da véspera. No radar estava o anúncio da Emerita Resources, que fechou acordo para comprar o projeto Salobro Zinc no Brasil, com pagamento de 6,5 milhões de dólares. Além disso, Barclays e Jefferies elevaram o preço-alvo para os ADRs (recibos de ações nos Estados Unidos) da mineradora.

- ELETROBRAS PNB caía 2,53 por cento e ELETROBRAS ON perdia 2,09 por cento, em movimento de ajuste após subir nos dois pregões anteriores e também após fortes ganhos vistos na semana passada, na esteira da divulgação do governo de um plano de reforma para o setor elétrico.

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