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Bovespa cai mais de 1% após euforia da véspera, de olho em balanços e articulações para Previdência

9 nov 2017 - 12h33
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O principal índice da bolsa paulista operava em baixa nesta quinta-feira, com a alta da véspera abrindo espaço para algum ajuste, em dia de agenda intensa de balanços e com investidores ainda de olho na cena política, após a retomada da expectativa por algum avanço da reforma da Previdência.

Às 12:27, o Ibovespa caía 1,22 por cento, a 73.457 pontos. O giro financeiro era de 2,27 bilhões de reais.

Após a euforia que atingiu o mercado no fim dos negócios da véspera, quando o Ibovespa fechou em alta de 2,69 por cento, o tom de cautela volta a rondar os negócios, com investidores monitorando as articulações do governo para conseguir emplacar a votação da reforma ainda este ano e também na expectativa pelo texto final da proposta de reforma da Previdência.

"O Planalto precisará ser ágil na articulação para garantir um placar favorável nessa reforma uma vez que corre contra o tempo", escreveram analistas da XP Investimentos, em relatório a clientes.

O relator da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA), disse mais cedo que a proposta revisada de reforma da Previdência será apresentada até o final da tarde desta quinta-feira e que será discutida pelos líderes da base governista no Congresso com suas bancadas nos próximos dias. Segundo o deputado, só depois disso será possível ter um cenário mais claro do que será possível aprovar.

DESTAQUES

- ELETROBRAS ON caía 3,77 por cento e ELETROBRAS PNB tinha queda de 3.79 por cento, entre as maiores perdas do Ibovespa, com os papéis pressionados após o BNDES divulgar, nesta manhã, as regras básicas para o leilão de privatização de seis distribuidoras de eletricidade da Eletrobras, prevendo ajustes financeiros pela estatal para acomodar uma dívida de quase 21 bilhões de reais.

- ULTRAPAR ON perdia 4,08 por cento, tendo no radar o resultado do terceiro trimestre que mostrou alta de 46 por cento no lucro líquido, para 556 milhões de reais. Segundo analistas do Credit Suisse, os principais impulsos para os resultados já eram esperados, como leve aumento nos volumes de combustível e margens de distribuição, impulsionadas por ganhos extraordinários de estoque. Ainda na visão do banco, embora o resultado traga os primeiros sinais de uma recuperação, deve levar muitos a revisarem para baixo as metas de crescimento da empresa para o ano.

- BANCO DO BRASIL ON tinha baixa de 0,88 por cento, após reportar seus resultados para o terceiro trimestre que, segundo analistas do Morgan Stanley, mostram resultado operacional fraco, apesar do lucro líquido ajustado de 2,708 bilhões de reais ter ficado 8 por cento acima da estimativa da equipe do Morgan.

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 1,83 por cento e BRADESCO PN perdia 1,71 por cento, ajudando a pressionar o índice devido ao peso em sua composição.

- BRASKEM PNA recuava 1,79 por cento, após reportar seus resultados para o terceiro trimestre, com queda de 7 por cento no lucro líquido consolidado do terceiro trimestre ante igual período do ano passado, para 764 milhões de reais.

- PETROBRAS PN caía 0,83 por cento e PETROBRAS ON recuava 0,68 por cento, em sessão de poucas variações para os preços do petróleo no mercado internacional. - VALE ON caía 1,94 por cento, em sessão de perdas para os contratos futuros do minério de ferro na China.

- AZUL PN, que não faz parte do Ibovespa, subia 2,41 por cento, após reportar lucro líquido de 204 milhões de reais no terceiro trimestre, quase 22 vezes superior ao resultado de um ano antes, conforme a receita cresceu 15 por cento e as despesas financeiras recuaram quase 30 por cento.

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