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Bolsonaro garante que Previdência terá 'a agilidade que a matéria merece'

Para ajudar na disposição dos parlamentares em votar favoravelmente à reforma, o governo deve abrir o bolso e liberar o pagamento de mais de um R$ 1 bilhão em emendas impositivas

12 mar 2019 - 15h25
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro disse que "acredita ser possível" votar a reforma da Previdência ainda no primeiro semestre deste ano. "Desta vez vai ter a agilidade que a matéria merece", declarou o presidente, no Itamaraty, enquanto aguardava a chegada do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.

"Meus colegas do Parlamento vão colaborar", emendou em seguida. O presidente reconheceu, no entanto que, "por vezes", as coisas melhoram.

Questionado se a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara seria mesmo instalada nesta semana, Bolsonaro afirmou que acreditava que sim, ressalvando que esta é uma questão do Congresso.

O presidente informou ainda que deve se reunir nesta terça-feira, 12, com vice-líderes partidários para discutir a tramitação da reforma no Congresso.

Emendas parlamentares

O presidente Jair Bolsonaro também aproveitou para afirmar que "não tem como fugir" da liberação e pagamento das emendas parlamentares impositivas, que fazem parte das tratativas pela aprovação da reforma da Previdência no Congresso. Ele afirmou que não haverá mais negociações com parlamentares "no nível do que existia no passado". Sobre a demanda de deputados e senadores por indicações políticas para cargos no governo, Bolsonaro afirmou que não abre mão de ter "pessoas técnicas e competentes".

Para ajudar na disposição dos parlamentares em votar favoravelmente à reforma, o governo deve abrir o bolso e liberar o pagamento de mais de um R$ 1 bilhão em emendas impositivas. O valor corresponde à emendas impositivas que foram empenhadas desde 2014 até o fim do ano passado cujos pagamentos ainda não foram realizados.

"Vamos comparar os meus ministros com os de administrações anteriores. Queremos pessoas técnicas, competentes (...) O que vamos liberar são as emendas impositivas, não temos como fugir delas, temos que pagá-las, porque, como o próprio nome diz, são impositivas. Mas as negociações no nível do que existia no passado não vão mais existir", declarou ao ser questionado sobre a insatisfação de parlamentares por não indicarem nomes para cargos do primeiro e segundo escalão.

Questionado sobre seu papel na estratégia pela aprovação da reforma da Previdência, Bolsonaro disse que "colabora na articulação. "A articulação é importante não é para o governo, é para o Brasil. Se não fizermos a reforma da Previdência o mais próximo do que enviamos [ao Congresso] o Brasil corre sério risco no tocante ao futuro", defendeu.

Estadão
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