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Bolsonaro diz torcer para que dólar caia, mas acata fala de Guedes sobre câmbio

26 nov 2019 - 10h45
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que continua a torcer para que o dólar caia, mas disse que a moeda norte-americana em alta tem vantagens e desvantagens e que acata a posição defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o câmbio.

Presidente Jair Bolsonaro durante entrevista na saída do Palácio da Alvorada
22/11/2019
REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro durante entrevista na saída do Palácio da Alvorada 22/11/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Em entrevista em Washington na véspera, Guedes afirmou que não está preocupado com a alta do dólar, que na segunda-feira chegou a 4,21 reais. Guedes disse ainda que o país precisará se acostumar com uma taxa de juros mais baixa e um dólar mais alto.

"Vi, ouvi e se ele falou está falado", disse Bolsonaro ao ser perguntado se havia visto as declarações de seu ministro, ao sair do Palácio da Alvorada nesta manhã.

"Espero que caia, torço, torço para que caia a taxa Selic, que aumente nossa credibilidade diante do mundo, agora a economia, é como eu disse, eu sou técnico de futebol. Quem entra em campo são os 22 ministros. Paulo Guedes está jogando na economia", acrescentou.

Logo depois da entrevista do presidente, o dólar voltou a subir, superando 4,25 reais --um recorde--, com a reação do mercado à declaração de Guedes de que o câmbio de equilíbrio "tende a ir para um lugar mais alto".

O presidente disse ainda que há prós e contras no fato de a moeda norte-americana estar alta, mas não chegou a apresentar quais seriam os benefícios e os prejuízos do aumento do dólar.

Na semana passada, Bolsonaro já havia declarado que gostaria de ver o dólar abaixo de 4 reais, mas atribuiu a alta a fatores externos, como a disputa comercial entre China e Estados Unidos.

ERICSSON

Na saída do Alvorada, o presidente também comentou sobre a reunião que teve na tarde de segunda-feira com o CEO da empresa sueca de telecomunicações Ericsson, Börje Ekholm, e com Eduardo Ricotta, presidente da Ericsson Latam South.

"Acho que é a empresa mais antiga que está no Brasil nessa área, está investindo em nós há muito tempo, então temos que dar uma certa prioridade para eles. Mas nós vamos decidir o 5G em relação a questão técnica e econômica", disse Bolsonaro.

Depois do encontro, em entrevista à Reuters, Ricotta afirmou que a empresa planeja investir 1 bilhão de reais para ampliar sua fábrica em São José dos Campos (SP), desenvolvendo uma nova linha de montagem exclusivamente dedicada a produtos de tecnologia 5G que serão fornecidos para toda a América Latina.

Na semana passada, Bolsonaro também recebeu o presidente da chinesa Huwaei, Wei Yao, que também declarou seu interesse em entrar na disputa pela implementação da tecnologia 5G no Brasil.

O leilão das bandas de 5G deve ocorrer em outubro do próximo ano, segundo o cronogama do governo.

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