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Bolsonaro diz que próxima agenda será reforma que mexe em regras de servidores públicos

Para o presidente, a reforma administrativa tem mais chances de avançar do que a reforma tributária

22 out 2019 - 22h23
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TÓQUIO - Passada a reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro considera que o próximo passo deverá ser a reforma administrativa, proposta para reformular o "RH do Estado", com redução no número de carreiras e também do salário de ingresso de servidores públicos.

Para Bolsonaro, a reforma administrativa tem mais chances de avançar do que a reforma tributária, que ficaria para depois. Ele ponderou, no entanto, que a decisão também depende da vontade do Parlamento.

"Temos dois destaques (da reforma da Previdência) que ficaram para amanhã. E aí (vem) a tributária ou administrativa, a que for mais fácil de passar. As duas são importantes. A tributária sempre é complicada, há muito tempo se tenta e não se consegue. Acredito, não depende apenas de mim, que a administrativa seja de tramitação menos difícil", avaliou Bolsonaro na saída do café da manhã de quarta-feira, no Hotel Imperial, onde está hospedado em Tóquio.

Na terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que pode aproveitar textos que já estão em tramitação na Casa para acelerar a reforma administrativa pretendida pelo governo Jair Bolsonaro. A estratégia, porém, ainda depende do aval de lideranças e também da equipe econômica.

No Japão, Bolsonaro contou a jornalistas que foi informado "em tempo real" sobre a votação do texto-base da reforma previdenciária no Senado. Ele fez um agradecimento ao presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pelo resultado de 60 votos a 19, superior ao primeiro turno. "Foi um placar bastante largo", comemorou o presidente. Possíveis alterações ao texto ainda serão apreciadas amanhã.

"A bolsa de valores Bovespa bateu recorde (com possível aprovação da reforma da Previdência), é uma sinalização positiva, mas não podemos parar por aí. Vamos dar uma descansadinha, tomar fôlego e partir para outra reforma, tributária ou administrativa, as duas são importantes", declarou o presidente.

Sobre a apreciação dos destaques (sugestões de mudanças), nesta quarta, Bolsonaro diz que não há grandes riscos envolvidos, mas que, se aprovados, eles podem reduzir a economia prevista de R$ 800,4 bilhões. Juntos, os dois destaques podem reduzir a economia em R$ 76,5 bilhões.

Mais cedo, Bolsonaro ironizou as críticas de que o governo enfrenta problemas na articulação política e deu uma alfinetada no agora ex-líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO). "Eu não articulei nada, não sei articular. Quem articulou foi o delegado Waldir", disse, rindo.

No Twitter, o presidente declarou que a aprovação "abre caminho para o país decolar de vez". "Nova previdência APROVADA em segundo turno no Senado. Restam 4 destaques a serem analisados. Parabéns povo brasileiro! Essa vitória, que abre o caminho para nosso país decolar de vez, é de todos vocês! O Brasil é nosso! GRANDE DIA!", escreveu na rede social.

Estadão
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