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Bolsas europeias sobem com possível acordo EUA-China e vitória de Johnson

13 dez 2019 - 07h05
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As bolsas europeias operam em alta significativa na manhã desta sexta-feira, de mais de 1% na maioria dos casos, impulsionadas por notícias de que EUA e China teriam fechado um acordo comercial preliminar e após a esmagadora vitória do Partido Conservador do primeiro-ministro Boris Johnson na eleição geral do Reino Unido.

O apetite por risco é alimentado por múltiplos sinais de que Washington e Pequim estariam perto ou já teriam fechado um acordo comercial "de fase 1". De acordo com fontes da Bloomberg, o presidente americano, Donald Trump, assinou um acordo com os chineses que prevê o adiamento do novo aumento de tarifas dos EUA a mais US$ 156 bilhões em importações da China, que estava programado para domingo (15). Já a Reuters, também citando fontes, relatou que a China aceitou comprar US$ 50 bilhões em produtos agrícolas dos EUA em 2020, como parte do acerto.

Antes disso, Trump havia anunciado no Twitter que os EUA estavam muito próximos de um "grande acordo" com a China e o The Wall Street Journal noticiou que negociadores americanos teriam oferecido um corte de até 50% em tarifas sobre US$ 360 bilhões em bens chineses.

Além da questão sino-americana, os mercados europeus são sustentados também pela vitória dos conservadores de Johnson na eleição geral britânica. A percepção é de que o premiê do Reino Unido tem melhores condições de garantir um "Brexit" organizado.

Em seu discurso de vitória, Johnson disse nesta sexta que o resultado da urnas é um indício de que o "Brexit" - como é conhecido o processo para retirar o país da União Europeia (UE) - precisa ser realizado. "Eu vou implementar o Brexit até 31 de janeiro", disse o primeiro-ministro, referindo-se à data final concedida pela UE para que a separação se concretize.

Johnson afirmou ainda que vitória de seu Partido Conservador "põe fim à ameaça de um segundo plebiscito" sobre o Brexit. A primeira consulta popular, que foi a favor do divórcio entre Reino Unido e UE, ocorreu em junho de 2016.

Resultados parciais mostram que os conservadores de Johnson conquistaram ao menos 363 de 650 assentos no Parlamento britânico, 78 a mais do que todos os outros partidos juntos. Trata-se da maior vitória do Partido Conservador desde 1987.

Às 6h50 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 1,54%, a de Frankfurt avançava 1,21% e a de Paris se valorizava 1,16%. Já em Milão e Madri, os ganhos eram de 0,87% e 1,55%, respectivamente. Com informações da Dow Jones Newswires.

Estadão
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