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Bolsas europeias sobem com possível acordo de Brexit, mas libra pressiona Londres

15 out 2019 - 07h53
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As bolsas europeias operam majoritariamente em alta na manhã desta terça-feira, após o principal negociador da União Europeia para o Brexit, Michel Barnier, dizer mais cedo que ainda é possível fechar nesta semana um acordo estabelecendo os termos para a retirada do Reino Unido do bloco. A consequente força da libra, porém, mantém o mercado inglês pressionado.

Ao falar com repórteres antes de uma reunião de chanceleres europeus sobre o Brexit em Luxemburgo, Barnier comentou que ocorreram discussões intensas no fim de semana e ontem com autoridades do Reino Unido para tentar selar um acordo sobre o Brexit.

"Mesmo que o acordo seja difícil - cada vez mais difícil, para ser sincero - ainda é possível esta semana", disse Barnier.

Na quinta e sexta-feira (17 e 18), líderes da UE terão um reunião de cúpula para tentar chegar a um entendimento sobre o Brexit. Segundo o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o Brexit será implementado na data-limite de 31 de outubro "com ou sem acordo".

Investidores na Europa também acompanham as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, indicadores locais e a temporada de balanços corporativos americanos.

Ontem, surgiram relatos de que a China quer uma nova rodada de conversas com os EUA antes de assinar o que o presidente americano, Donald Trump, descreveu como "fase 1" de um acordo comercial entre os dois países. Na sexta-feira (11), Trump anunciou o pacto preliminar, que tratará questões de propriedade intelectual e serviços financeiros e prevê aumento de compras de produtos agrícolas americanos pelos chineses.

Na agenda de dados econômicos europeus de hoje, destaque para o índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha, que caiu de -22,5 pontos em setembro para -22,8 em outubro, mas ficou acima da previsão de analistas, de -27 pontos. No Reino Unido, a taxa de desemprego subiu de 3,8% no trimestre até julho para 3,9% no período de três meses até agosto, contrariando projeção de manutenção da taxa.

Já nos EUA, grandes bancos e outras empresas relevantes divulgam balanços referentes ao terceiro trimestre ao longo desta terça.

Às 7h37 (de Brasília), a Bolsa de Frankfurt subia 0,37% e a de Paris avançava 0,50%, mas a de Londres caía 0,39%, pressionada pela força que a moeda britânica exibe desde a fala de Barnier. Já em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 0,59%, 0,65% e 0,19%, respectivamente. No câmbio, a libra se fortalecia a US$ 1,2666, de US$ 1,2561 no fim da tarde de ontem, mas o euro recuava a US$ 1,1019, de US$ 1,1029 ontem. Com informações da Dow Jones Newswires.

Estadão
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