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Bolsas europeias sobem com pausa do Fed e de olho em BCE e eleição do Reino Unido

12 dez 2019 - 07h52
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As bolsas europeias operam em alta desde a abertura do pregão desta quinta-feira, após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizar a manutenção de seus juros ao longo do próximo ano. Investidores da região também aguardam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), a primeira sob o comando de Christine Lagarde, e monitoram a eleição geral britânica, assim como os desdobramentos das negociações comerciais entre EUA e China.

Como se esperava, o Fed deixou ontem seu juro básico inalterado na faixa de 1,50% a 1,75%, após cortá-lo três vezes entre julho e outubro. O mais importante, porém, foi que o BC americano indicou que não deve ajustar juros até pelo menos o fim de 2020.

A sinalização do Fed ajudou as bolsas de Nova York a fechar com ganhos modestos ontem e impulsionou também a maioria dos mercados acionários asiáticos nesta quinta.

Hoje, é a vez de o BCE fazer anúncio de política monetária, às 9h45 (de Brasília). Não há expectativas de mudanças, mas Lagarde poderá dar indicações, durante coletiva de imprensa, se pretender manter a postura acomodatícia de seu antecessor, Mario Draghi. Lagarde assumiu a presidência do BCE no começo de novembro.

Além disso, os britânicos vão às urnas nesta quinta para a segunda eleição geral do Reino Unido desde o plebiscito de 2016 que votou a favor do Brexit, como é conhecido o processo para que o país se retire da União Europeia. Pesquisas recentes mostram que os conservadores do primeiro-ministro Boris Johnson deverão conquistar a maioria dos votos. Existe a percepção de que uma vitória conservadora seria mais favorável para um Brexit "organizado".

Às 7h34 (de Brasília), a libra esterlina caía a US$ 1,3192, de US$ 1,3205 no fim da tarde de ontem, revertendo valorização da madrugada, quando atingiu nova máxima em oito meses, de US$ 1,3229.

Também continuar no radar a disputa comercial sino-americana, uma vez que no domingo (15) vence o prazo para que EUA adotem tarifas extras a mais US$ 156 bilhões em importações chinesas. Porta-voz do Ministério de Comércio chinês, Gao Feng disse hoje que "equipes de comércio de ambos os lados estão mantendo contato próximo", numa tentativa de fechar um acordo comercial preliminar.

Segundo a Reuters, o presidente dos EUA, Donald Trump, deverá se reunir nesta quinta com conselheiros econômicos e de comércio para discutir se mantém a punição tarifária programada para o fim de semana.

Na agenda de indicadores europeia, o destaque hoje é a produção industrial da zona do euro, que caiu 0,5% em outubro ante setembro. Analistas previam queda menor, de 0,3%. Saíram ainda números finais do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha, que subiu 1,1% em novembro, repetindo a variação de outubro, mas caiu 0,8% no confronto mensal.

Também às 7h34 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,36%, a de Frankfurt avançava 0,04% e a de Paris se valorizava 0,07%. Já as de Milão e de Lisboa tinham ganhos respectivos de 0,36% e 0,28%, enquanto a de Madri se mantinha estável. No câmbio, o euro se enfraquecia levemente, a US$ 1,1132, de US$ 1,1138 no fim da tarde de ontem. Com informações da Dow Jones Newswires.

Estadão
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