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Bolsas europeias fecham em baixa com confirmação de tarifas dos EUA à China

15 jun 2018 - 11h41
(atualizado em 2/7/2018 às 15h00)
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Os principais mercados acionários europeus tiveram baixa generalizada nesta sexta-feira, 15, pressionados pesadamente pela confirmação e o detalhamento pelos Estados Unidos das tarifas de 25% que serão aplicadas a cerca de US$ 50 bilhões em produtos importados da China. Assim, foram escanteados da atenção de investidores os indicadores econômicos da zona do euro e o noticiário corporativo. O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) anunciou em comunicado que as tarifas adicionais contra a Chinas têm como alvo 1.102 tipos de mercadoria do país asiático, mas ressaltaram que a lista não inclui "produtos comumente comprados por consumidores americanos, como telefones celulares ou televisores". Washington declarou, ainda, que as medidas são uma resposta a "práticas injustas no comércio" por parte de Pequim, relacionadas à "transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual americanas". "(A lista) em geral se concentra em produtos de setores industriais que contribuem para ou se beneficiam da política industrial "Feito na China 2025", que inclui indústrias como a aeroespacial, de informação e de tecnologia de comunicações, maquinário industrial, novos materiais e automóveis", afirma o comunicado do USTR. Na ofuscada agenda de indicadores, a Eurostat informou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 1,9% na comparação anual de maio, em linha com a expectativa de analistas consultados pela Dow Jones Newswires. Além disso, a região teve superávit comercial de 18,1 bilhões de euros em abril, menor que o saldo positivo de 19,8 bilhões de euros observado em março, de acordo com a Eurostat. As exportações do bloco subiram 0,3% em abril ante o mês anterior, enquanto as importações avançaram 1,4%. Com esse quadro em vista, o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou com perda de 0,99%, aos 389,13 pontos, mas acumulou salto de 1,04% na semana. O impacto da decisão do governo de Donald Trump sobre os mercados acionários deixou profunda marca na Bolsa de Londres. O FTSE 100 encerrou em queda de 1,70%, aos 7.633,91 pontos, na mínima do dia, recuando 0,61% na semana. Nesta praça, repercutiu a aprovação pela Comissão Europeia para que a americana Comcast concluísse a aquisição da Sky, levando as ações do grupo britânico de TV paga a perder 0,96%. Além disso, com a previsão de que a pancada comercial dos EUA atrapalhem a demanda da China por metais, a mineradora Glencore viu suas ações derreterem 4,32%. O DAX 30, da Bolsa de Frankfurt, teve baixa menos profunda, 0,74%, para os 13.010,55 pontos, acumulando mesmo assim um avanço de 1,91% na semana. As ações dos dois principais bancos alemães, Deutsche Bank e Commerzbank, amargaram quedas de 1,71% e 4,18%, mas as da distribuidora de energia E.ON subiram 2,34%. Na Bolsa de Paris, o CAC 40 cedeu 0,48%, para os 5.501,88 pontos - mais um índice na mínima. Em relação à pontuação da última sexta-feira, o composto teve alta de 0,95%. Os preços cadentes de petróleo levaram os papéis da Total a uma queda de 0,96%, enquanto as ações dos bancos Credit Agricole e Société Generale sofreram revezes de 1,87% e 1,45%, respectivamente. Em Milão, o FTSE MIB recuou 1,32%, para os 22.190,45 pontos, na contramão da disparada semanal de 3,91%. A fabricante de navios Fincantieri perdeu 1,30% e o banco UniCredit declinou 1,46%. A Bolsa de Madri teve descenso de 1,07%, para os 9.851,00 pontos, consolidando ainda assim um ganho semanal de 1,07%. Já o PSI 20, da Bolsa de Lisboa, decaiu 1,91%, para os 5.569,17 pontos, na mínima do dia, e teve perda de 0,82% na semana.

Estadão
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