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Bolsas de NY sobem, mas possibilidade de Fed mais agressivo limita ganhos

3 out 2018 - 18h50
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As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, 3, com ganhos limitados em meio a uma simultânea onda vendedora nos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, diante da precificação de elevações mais aceleradas nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

O índice Dow Jones renovou recorde de fechamento e registrou alta de 0,20%, aos 26.828,39 pontos. O S&P 500 avançou 0,07%, aos 2.925,51 pontos, enquanto o Nasdaq subiu 0,32%, aos 8.025,09 pontos.

Pela manhã, dados que mais uma vez corroboram a forte economia americana foram divulgados, como a criação de 230 mil novas vagas pelo setor privado dos EUA em setembro, muito acima da previsão de novas 198 mil vagas, informou a ADP. Além disso, o Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) apontou que o índice de atividade do setor de serviços dos EUA subiu de 58,5 em agosto para 61,6 em setembro. Diante desse cenário, reforçado por discursos de dirigentes do Fed, analistas já começam a precificar um tom ainda mais hawkish vindo do banco central.

Com uma nova alta de juros nos EUA em dezembro dada como certa e novas elevações sendo precificadas pelo mercado, os juros dos Treasuries dispararam, com os rendimentos do título de dez anos registrando o maior avanço em um dia desde a eleição do presidente americano, Donald Trump, em novembro de 2016. O movimento limitou os ganhos dos principais índices acionários nova-iorquinos, que sofrem diante da perspectiva de uma intensificação do aperto monetário.

Juros mais altos também dão apoio às ações de bancos. O subíndice do setor financeiro do S&P 500 avançou 0,82%, aos 463,73 pontos, com os papéis do Morgan Stanley em alta de 1,03%, os do Bank of America com ganho de 1,42% e os do Goldman Sachs com avanço de 0,76%.

O setores de consumo, cujo subíndice no S&P 500 caiu 1,06%, e de utilities, que recuou 1,23%, por outro lado, foram penalizados com a perspectiva de um Fed mais hawkish, já que costumam ser mais afetados por medidas de aperto monetário.

A forte alta dos preços do petróleo também ajudou os índices, em meio às tensões entre os EUA e o Irã, depois que o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciou a saída de Washington do Tratado de Amizade firmado em 1955, que firmava as relações cordiais entre os dois países. O barril do petróleo WTI para novembro negociado em Nova York subiu 1,56% e voltou ao nível mais caro desde novembro de 2014. As ações da Chesapeake foram beneficiadas e saltaram 4,65%, enquanto as da Chevron ganharam 0,46%.

Estadão
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