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Bolsas de NY fecham sem sinal único, de olho em tensões comerciais

9 out 2018 - 19h11
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As bolsas de Nova York voltaram a fechar sem sinal único nesta terça-feira, 9, em sessão volátil na volta do feriado americano que fechou o mercado de Treasuries na segunda-feira, 8, enquanto as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China se mantêm em foco. Ao mesmo tempo, os índices acionários apresentam realização de lucros à espera do início da temporada de balanços nesta semana.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,21%, para 26.430,57 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,14%, para 2.880,34 pontos. Já o Nasdaq encerrou em alta de 0,03%, para 7.738,02 pontos.

As tensões comerciais entre EUA e China voltaram a atrair o foco de investidores neste pregão, em meio às declarações do presidente americano, Donald Trump, que confirmou a intenção de levar adiante tarifas adicionais a importações chinesas caso Pequim retalie as medidas protecionistas adotadas por Washington. Autoridades americanas já haviam ameaçado, em outras ocasiões, impor tarifas sobre outros US$ 267 bilhões em importações da China.

Nesta semana também tem início a temporada de balanços nos EUA, antes da qual as bolsas realizam lucros. Na sexta-feira, divulgam os resultados do terceiro trimestre os bancos JPMorgan (-0,06%), Citigroup (-0,96%) e Wells Fargo (-0,26%). O setor financeiro, cujo subíndice do S&P 500 recuou 0,34%, também apresenta movimentos de realização, acompanhando o movimento de queda visto nos rendimentos dos Treasuries. Outras empresas, como Netflix (+1,89%) e IBM (+0,77%), também divulgam balanços a partir da próxima semana.

Os investidores deram preferência por refazer posições em empresas de tecnologia, o que ajudou o Nasdaq, com as ações da Apple em alta de 1,39%, as da Microsoft com ganho de 1,27% e as do Twitter com avanço de 2,88%. As ações da Alphabet (-0,93%), controladora do Google, por outro lado, recuaram, após a companhia informar que apelou da multa antitruste de 4,34 bilhões de euros da União Europeia (UE) por supostamente abusar do domínio de seu sistema operacional Android para telefones celulares.

O subíndice de energia do S&P 500 também registrou alta, com ganho de 0,99%, impulsionado pela alta do petróleo, com investidores de olho na queda nas exportações do Irã, em meio às sanções americanas, e diante das declarações do diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, de que a liberação das reservas estratégicas de petróleo de seus membros não está em discussão. Os preços do contrato futuro do óleo negociado em Nova York subiram 0,90%, para US$ 74,96 por barril. Os papéis da Chevron avançaram 1,59% e os da Exxon Mobil, 0,44%.

Estadão
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