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Bolsas de NY fecham sem sinal único à espera de reunião entre Trump e Xi

27 jun 2019 - 18h14
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Os principais indicadores acionários americanos encerraram o pregão desta quinta-feira, 27, sem sinal único, com os investidores à espera da reunião de cúpula do G20, no Japão, que terá como destaque a reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o da China, Xi Jinping. À espera do encontro entre os líderes das duas maiores economias do globo, os investidores apenas monitoraram novos sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), mas penalizaram papéis da Boeing em meio a novas preocupações envolvendo os modelos 737 Max.

Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,04%, com 26.526,58 pontos; e o S&P 500 subiu 0,38%, para 2.924,92 pontos, interrompendo quatro sessões consecutivas de queda. Já o índice eletrônico Nasdaq apresentou ganho de 0,73%, com 7.967,76 pontos.

Durante seu encontro com Trump, Xi Jinping deve apresentar uma lista de exigências para a resolução das disputas comerciais travadas entre os dois países. A remoção de todas as tarifas punitivas dos americanos a produtos chineses, a revogação da exigência de compras de produtos americanos e a retirada da proibição de venda de tecnologia americana à Huawei seriam três dos pontos a serem exigidos pelo líder chinês a Trump. O encontro entre os dois será realizado na madrugada de sexta-feira para sábado, em Osaka.

As consequências de um conflito comercial ainda mais profundo entre os países preocupam os mercados. Estudo realizado pelo Goldman Sachs com dados de importação de grãos mostra que há "grandes e persistentes" declínios nas importações da China em categorias de bens que foram atingidos pelas tarifas americanas. "Descobrimos que as categorias nas quais a China responde por uma parcela maior das importações dos EUA registraram aumentos significativamente menores nas importações de outros países", dizem os analistas do banco.

Com o comércio no foco, os mercados ficaram em compasso de espera. Nem mesmo comentários da presidente da distrital de San Francisco do Fed, Mary Daly, movimentaram os ativos. De acordo com ela, o banco central não toma decisões com base na precificação do mercado. Atualmente, de acordo com os contratos futuros dos Fed funds, compilados pelo CME Group, a chance de um corte de ao menos 25 pontos-base nas taxas de juros em julho continua em 100%. Mesmo assim, ações de bancos recuperaram um pouco do fôlego: o Wells Fargo apresentou alta de 1,07% e o Citigroup teve ganho de 1,38%.

Com grande apoio de papéis de giant techs, o Nasdaq voltou a ser o índice com o maior desempenho entre os três principais. A Netflix ficou entre os destaques do dia ao ver suas ações com alta de 2,16%, depois que o analista Michael Olson, do Piper Jaffray, disse que a empresa pode ver um "crescimento internacional dramático". Já os papéis do Facebook apresentaram ganho de 0,98%, com os investidores digerindo positivamente a notícia sobre a adoção de propagandas no Instagram. Ainda entre as techs, a Uber Technologies fechou em alta de 6,19%, a US$ 45,13, e, pela primeira vez, viu suas ações subirem acima do preço da oferta pública inicial (US$ 45).

Os papéis da Boeing, contudo, cederam 2,91% nesta quinta-feira depois que os reguladores de segurança aérea dos EUA fizeram novos testes de cenários de emergência e apontaram que, antes da companhia colocar os aviões 737 MAX de volta nos ares, mais ajustes seriam necessários.

Estadão
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