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Bolsas de NY fecham na maioria em baixa, com ações de tecnologia pressionadas

3 jun 2019 - 18h01
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As bolsas de Nova York fecharam na maioria em território negativo nesta segunda-feira, 3, em sessão marcada por baixas consideráveis em papéis importantes dos setores de tecnologia e serviços de comunicação, em meio a notícias de investigações antitruste contra algumas das maiores dessas empresas. Por outro lado, bancos e petroleiras se saíram bem, enquanto investidores monitoravam indicadores, as tensões comerciais e discursos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,02%, em 24.819,78 pontos, o Nasdaq recuou 1,61%, a 7.333,02 pontos, e o S&P 500 teve baixa de 0,28%, a 2.744,45 pontos. O Nasdaq entrou em território de correção, caracterizado por uma baixa de ao menos 10% em relação ao pico mais recente.

Entre ações importantes dos setores de tecnologia e serviços de comunicação, Apple caiu 1,01%, Amazon recuou 4,64%, Facebook cedeu 7,51%, Twitter perdeu 5,52% e Alphabet (controladora do Google), 6,12%, o que pressionou o Nasdaq. Os papéis foram ao território negativo em meio a notícias de que o Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês) prepara uma nova investigação antitruste contra algumas das principais dessas empresas, Facebook, Alphabet e Apple.

Houve também sinais modestos da economia americana. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria do país caiu de 52,6 em abril a 50,5 em maio, segundo a IHS Markit, na mínima desde setembro de 2009. O índice de atividade industrial do Instituto para Gestão de Oferta (ISM) recuou ao menor nível desde outubro de 2016.

Além disso, as negociações comerciais entre EUA e México estiveram no radar, após o presidente americano, Donald Trump, dizer que pretende elevar já a partir da próxima segunda-feira tarifas contra produtos do vizinho para pressioná-lo a fazer mais contra os imigrantes ilegais e a entrada de drogas em solo dos EUA.

Ainda assim, ações de bancos e do setor de energia se saíram bem, com Citigroup em alta de 0,74% e Chevron, de 1,88%. Entre outras ações importantes, Caterpillar ganhou 0,70% e General Electric, de 0,95%.

Entre os dirigentes do Fed, James Bullard (St. Louis) argumentou que pode ser justificado um corte na taxa de juros "em breve", num quadro de disputas comerciais globais, inflação americana baixa e inversão na curva de retornos dos Treasuries. Um eventual relaxamento na política monetária pode apoiar o mercado acionário, mas a fraqueza do setor de tecnologia se sobrepôs a isso. Com informações da Dow Jones Newswires.

Estadão
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