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Bolsas de NY fecham em queda com salto de diagnósticos por coronavírus na China

13 fev 2020 - 21h10
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As bolsas de Nova York fecharam em queda, nesta quinta-feira, 13, com a apreensão diante do salto no número de casos de coronavírus na província de Hubei, que passou a contar também os casos apontados clinicamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) atribuiu o aumento à mudança no método de diagnóstico da doença. O mau humor predominou no mercado e mesmo com ativos oscilando ao longo do dia, o fechamento ficou em território negativo

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,43%, a 29.423,31 pontos, enquanto o S&P 500 encerrou o dia com recuo de 0,16%, a 3.373,94 pontos, e o Nasdaq em queda de 0,14%, a 9.711,97 pontos. Entre as ações mais negociadas na S&P 500, destaque para os papéis da Microsoft que fecharam em queda de 0,54%, os da Apple caíram 0,71% e os da Amazon apresentaram desvalorização de 0,47%.

Em coletiva de imprensa, hoje, a OMS informou que nas últimas 24 horas, foram confirmados em laboratório 1.820 novos casos de coronavírus na China, que somados aos mais 13 mil casos clínicos que passaram a ser considerados, o total de pessoas infectadas pelo vírus chegou a 59.882, só na China.

As bolsas que estavam em queda desde o início do pregão reduziram perdas e o índice Nasdaq chegou a oscilar em território positivo, embora ainda bem perto da estabilidade, durante a coletiva da OMS. Segundo a organização, no resto do mundo 447 pacientes foram diagnosticados com coronavírus em 24 países, e duas mortes, uma nas Filipinas e outra no Japão. Neste último, um navio permanece em quarentena na costa litorânea com com 218 passageiros com diagnóstico confirmado do vírus.

Também hoje, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em uma entrevista ao Podcast de notícias 'Roadkill with Geraldo' que a China trabalha "profissionalmente" contra o coronavírus, com apoio dos americanos e que ele espera - baseado em previsões dos cientistas - que o vírus perca força em abril.

O surto de coronavírus reformulou as perspectivas econômicas globais para, pelo menos, os dois primeiros trimestres de 2020, segundo a Capital Economics, em relatório enviado a clientes."Embora exista um grande grau de incerteza, o nosso melhor palpite é que o PIB mundial contrairá 1% anualizado no primeiro trimestre - a primeira contração desde o primeiro trimestre de 2009", avalia a Capital Economics.

Contato:marcela.guimaraes@estadao.com

Estadão
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